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Decisão da CMVM é negativa para a Prisa
A decisão da CMVM de obrigar a Prisa a lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) à Media Capital a 8,29 euros é "negativa" para o grupo espanhol, de acordo com o BPI.
A decisão da CMVM de obrigar a Prisa a lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) à Media Capital a 8,29 euros é "negativa" para o grupo espanhol, de acordo com o BPI.
A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recusou as pretensões da Prisa de nomear um auditor independente para fixar a contrapartida da OPA sobre Media Capital. Como esta tem o carácter obrigatório, a empresa espanhola tem que oferecer 8,29 euros por cada acção não detida na dona da TVI, um valor que corresponde à média dos seis meses antes do anúncio preliminar da oferta.
Para o analista Tiago Veiga Anjos do BPI, esta decisão é "negativa" para o grupo espanhol liderado por Juan Cebrian. "Como era esperado a CMVM rejeitou o pedido da Prisa mas o grupo espanhol vai levar esta questão a tribunal", refere o BPI.
A Prisa já confirmou esta manhã que pretende recorrer da decisão do regulador do mercado português e levar a CMVM a tribunal.
"Ainda é cedo para dizer que esta questão está concluída", acrescenta Tiago Veiga Anjos.
O BPI reiterou a recomendação de "compra" para a Prisa e de "venda" para a Media Capital com um preço-alvo de 16,05 e de 4,90 euros, respectivamente.
Já a analista Helena Barbosa do Caixa Banco de Investimento manteve a recomendação de reduzir para a Media Capital com um preço alvo de 6,90 euros.
As acções da Media Capital [mcp] encerraram no dia 12 de Abril a negociar nos 8,45 euros, não tendo desde então sido transaccionados títulos da empresa que detém a estação de televisão TVI. A Prisa avançava 0,58% para os 17,28 euros.