Mário Cristina de Sousa, ministro da Economia, disse hoje que um eventual cruzamento de participações, entre a Ence e a Portucel, «não é impossível», no âmbito da parceria estratégica assinada ontem entre as duas papeleiras ibéricas.

No entanto, o ministro da Economia, remeteu esta questão para a futura estrutura accionista da Portucel, cuja próxima fase de privatização deverá ocorrer no final deste ano.

A Portucel já detém 7% da Ence e viu inviabilizada a aquisição de mais 25%, na última fase de privatização, que decorreu este mês.

Segundo Cristina de Sousa, como «a Portucel está em processo de privatização (...), muitas destas questões terão de ser resolvidas pelos novos accionistas e não pelo Estado».

Parceria com Ence positiva

A parceria estratégica ontem assinada entre a papeleira liderada por Jorge Armindo e a espanhola Ence, foi encarada pelo ministro como positiva. «Parece-me muito bem», disse aos jornalistas à margem de um encontro da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-portuguesa.

O ministro da Economia diz que esta parceria estratégica vai alavancar sinergias, que ao nível «de aquisições de matérias primas, quer ao nível de optimização comercial».

O ministro evidenciou o facto de haver ganhos para a Portucel, por esta além de produzir pasta, também produzir papel».

A Portucel seguia a cair 0,94% para os 1,05 euros (211 escudos).