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Credores da Coimbra Editora aprovam manutenção da actividade

A assembleia de credores da Coimbra Editora aprovou a manutenção da actividade editora, estando ainda o seu futuro dependente da aprovação de um plano de recuperação.

Sé Velha: A Sé Velha de Coimbra, em estilo românico, terá começado a ser construída pouco depois de Afonso Henriques se declarar rei de Portugal. Localizada no centro histórico da cidade e sede da comunidade paroquial católica de São Cristóvão, a catedral está aberta para visitas todos os dias, das 10h às 18h, sendo pedida uma contribuição de dois euros.
Bruno Pires/Correio da Manhã
22 de Janeiro de 2016 às 09:57
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A maioria dos credores aprovou a manutenção da actividade da Coimbra Editora, depois de já ter sido rejeitado o Plano Especial de Revitalização (PER), disse à agência Lusa o administrador de insolvência, Manuel Bacalhau, referindo que terá agora de ser apresentado um plano de recuperação no prazo de 60 dias que terá de ser aprovado novamente em assembleia de credores.

Caso o plano de recuperação seja rejeitado pela maioria dos credores, a Coimbra Editora entrará em "liquidação", referiu.

A manutenção da actividade da Coimbra Editora apenas foi possível, sustenta Manuel Bacalhau, porque a marca Coimbra Editora e o "stock" da mesma, que estava na posse da empresa Quimera, voltaram à editora, explanou.

Manuel Bacalhau afirmou que possíveis custos ou "indemnizações" associados a esta operação serão calculados num "apenso próprio".

"Voltámos a ver luz ao fundo do túnel", constatou o administrador de insolvência, considerando que a vontade da maioria dos credores é "a viabilização da empresa".

A Coimbra Editora, de momento, "está a laborar" e a "tesouraria está estável", frisou.

Em Dezembro, o Tribunal de Coimbra tinha decretado a insolvência da Coimbra Editora, fundada em 1920, bem como da sua participada, a Livraria Jurídica, cujo futuro está também dependente de uma assembleia de credores marcada para terça-feira.

Já na altura, Manuel Bacalhau frisou que essa decisão não levaria ao encerramento definitivo da empresa.

Entre os credores das duas empresas estão editoras, bancos, trabalhadores, a Universidade de Coimbra e a Fundação Calouste Gulbenkian, entre outros.

A 17 de Novembro de 2015, os trabalhadores da Coimbra Editora cumpriram um dia de greve, reivindicado dois meses de salário em atraso e subsídios de férias e de Natal de 2012, 2013 e 2014.

Na altura, a administração da empresa informou a Lusa, num comunicado, que a empresa se via "confrontada com desequilíbrios económicos e financeiros", mas que mantinha a esperança de "ser ainda possível alcançar o acordo desejado e retomar, com sucesso, a actividade editorial".

O responsável do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente (SITE) informou, aquando da declaração de insolvência, que "16 trabalhadores" já tinham sido dispensados da Coimbra Editora, que referiu ter um passivo na casa dos oito milhões de euros.
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