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Costa Pina: Relatório é "manobra de diversão" para "branquear responsabilidades"

O antigo secretário de Estado e do Tesouro e das Finanças Carlos Costa Pina afirmou esta terça-feira que o relatório resultante da comissão de inquérito aos swaps "não surpreende", sendo uma "manobra de diversão" da maioria para "branquear responsabilidades" do actual Governo.

17 de Dezembro de 2013 às 19:26
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Em declarações à agência Lusa, Costa Pina disse que o documento hoje conhecido "de algum modo não surpreende" porque "a ficção da história construída pela maioria [PSD/CDS] corresponde à versão que existia antes mesmo de a comissão de inquérito se iniciar".

 

Para o antigo governante do governo socialista de José Sócrates, o relatório, que é assinado pela deputada social-democrata Clara Marques Mendes, "não reflecte de todo o conteúdo dos trabalhos e da informação transmitida aos senhores deputados durante as inúmeras audições da comissão".

 

Sublinhando que "é um relatório que começa por não demonstrar seriedade", Carlos Costa Pina

Dá a ideia de que tudo esteve mal até 2011, que só começou a estar bem a partir de 2011 e que toda a gente esteve mal com excepção de uma só pessoa: a senhora ministra das Finanças.
 
Carlos Costa Pina

considera que se trata de "uma manobra de diversão para branquear as responsabilidades próprias do actual Governo na condução deste processo".

 

"Dá a ideia de que tudo esteve mal até 2011, que só começou a estar bem a partir de 2011 e que toda a gente esteve mal com excepção de uma só pessoa: a senhora ministra das Finanças", afirmou o antigo secretário de Estado do Tesouro, acrescentando que, "pelos vistos, toda a gente perdeu tempo nas inúmeras comissões parlamentares de inquérito, porque não há nada de novo, a não ser a falta de seriedade das conclusões do relatório".

 

O relatório preliminar da comissão parlamentar de inquérito aos “swaps”, elaborado pela deputada social-democrata Clara Marques Mendes, conclui que gestores, banca e o anterior Executivo socialista tiveram responsabilidades na contratação de instrumentos de cobertura de risco financeiro e dos riscos associados.

 

Entre as 62 conclusões do relatório, Clara Marques Mendes refere que o secretário de Estado do Tesouro e Finanças do Governo de José Sócrates, Carlos Costa Pina, não seguiu as recomendações da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças em 2009, tendo prejudicado as contas das empresas públicas.

 

“Este comportamento em nada contribuiu para uma eficaz contenção da situação de risco, permitindo a proliferação deste tipo de contratos [problemáticos]”, acusou a deputada responsável pelo relatório preliminar da comissão parlamentar de inquérito à celebração de contratos de gestão do risco financeiro por parte de empresas do sector público.

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