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“Controlo da Oi mais atractivo que permanência na Vivo”

A compra da Oi, ex-Telemar, pela Portugal Telecom daria mais solidez à presença da operadora portuguesa no Brasil, considera a Signals Telecom, consultora sul-americana da área de telecomunicações.

08 de Junho de 2007 às 11:19
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A compra da Oi, ex-Telemar, pela Portugal Telecom daria mais solidez à presença da operadora portuguesa no Brasil, considera a Signals Telecom, consultora sul-americana da área de telecomunicações.

"Sem dúvidas que o controlo da Oi fica mais atraente do que a permanência na Vivo, onde a PT actua como subordinada da Telefónica" refere em relatório.

"No curto-prazo, esta aquisição solucionaria em grande parte os inconvenientes que o Grupo português possui no Brasil: poderia sair da Vivo e afastar-se da sua relação conflituosa com a Telefónica" aponta a Signals Telecom, que relembra que a Oi conta com 14,3 milhões de linhas de telefonia fixa e mais 1,18 milhões de acessos ADSL.

Ainda que à primeira vista pareça que "a iniciativa não seja tão interessante para a PT do ponto de vista da área móvel", já que a operadora portuguesa estaria a trocar uma posição de líder de mercado pela "quarta operadora em termos de clientes" – a Oi detém cerca de 13% de quota no móvel –, analisando em termos de peso na facturação e no EBITDA, a soma das operações fixo e móvel da Oi significaria bastante mais no Universo PT que a presença na Vivo.

A Vivo actualmente é responsável por 37% da facturação e 26% do EBITDA da Portugal Telecom. Mas, relembra a Signals, se analisarmos os resultados do primeiro trimestre das operadoras brasileiras em causa, percebe-se a diferença de peso que a Oi teria na consolidação de contas do Grupo português: A Vivo registou 1,5 mil milhões de euros em receitas enquanto a Oi chegou a Março com 2,3 mil milhões de euros de receitas. Já em termos de EBITDA a Oi fechou o trimestre com 567,5 milhões de euros e a Vivo com 286 milhões de euros.

"O controlo da Oi permitiria à PT expandir a linha de negócios ao mercado de massas de serviços fixos, melhoraria a sua posição enquanto fornecedor no segmento empresarial e entraria num dos segmentos de maior crescimento no Brasil: os acessos de banda larga" aponta a Signals Telecom Consulting.

Esta consultora ainda sublinha a importância que a entrada na Oi teria para as economias de escala no Grupo PT. A operadora de Henrique Granadeiro "ganharia maiores economias de escala nas compras para todo o grupo PT, o que significa uma redução do capex para a expansão dos negócios em Portugal".

Um outro mercado em que a PT ganharia trocando a Vivo pela Oi prende-se com "o crescente negócio de PayTV por meio de DTH", até porque a empresa portuguesa "ficaria posicionada de forma privilegiada neste mercado para quando a regulamentação for alterada e permitir a consolidação do sector". A Signals vai mesmo mais longe e aponta a GVT como um "alvo natural de expansão caso [a PT/Oi] não possa posteriormente adquirir os activos da Brasil Telecom".

A GVT é uma operadora de telecomunicações brasileira com uma cobertura bastante semelhante à da Brasil Telecom, ou seja, totalmente complementar à rede da Oi.

Em relação às empresas Mobitel e Dedic, que a PT detém também no Brasil, a Signals Telecom Consulting refere que não deverão levantar quaisquer problemas numa eventual aquisição da Oi.

A consultora termina realçando que a "potencial aquisição da Oi" pelo Grupo PT traria para a operação brasileira "conteúdos em português complementares à oferta de conteúdos que a Oi já possui, não só nos serviços móveis e de banda larga, mas também na sua publicação, Revista Oi, como nas variadas estações de rádio que possui".

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