Os clientes do BPP que têm contas congeladas há um ano deviam ter tido acesso ao dinheiro. O “Sol” teve acesso a cartas em que o Banco de Portugal reconhece o erro que afecta mais de dois mil depositantes. Mas Vítor Constâncio recusa assumir as responsabilidades.

Segundo a mesma fonte, mais de dois mil clientes do BPP cujas contas estão congeladas há cerca de 13 meses deveriam, afinal, já ter podido ter acesso ao seu dinheiro.

O Banco de Portugal reconhece, em cartas enviadas aos clientes do BPP, que o banco congelou indevidamente as contas antes de 1 de Dezembro de 2008, a data em que se verificou a intervenção pelo banco central. Vítor Constâncio, rejeita ainda assumir qualquer responsabilidade quanto aos actos de gestão da administração de Adão da Fonseca, por si nomeada.

A suspensão de pagamentos a clientes e terceiros começou a ser feita pelo BPP a 24 de Novembro de 2008. Uma medida que impossibilitou que muitos dos clientes dos produtos de retorno absoluto pudessem ter acesso ao seu dinheiro, que deveria ter sido transformado em depósitos à ordem.