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Consórcio entre Petrobras, Galp e Sonangol sairá "em breve"
A realização de um consórcio petrolífero em São Tomé e Príncipe entre a brasileira Petrobras, a portuguesa Galp e a angolana Sonangol pode ocorrer em breve, afirmou hoje à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros do arquipélago africano.
21 de Janeiro de 2009 às 19:28
A realização de um consórcio petrolífero em São Tomé e Príncipe entre a brasileira Petrobras, a portuguesa Galp e a angolana Sonangol pode ocorrer em breve, afirmou hoje à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros do arquipélago africano.
"Isto está sobre a mesa, está a ser trabalhado e, julgo eu, encontrará realização brevemente", assinalou Carlos Tiny, que termina hoje sua visita oficial ao Brasil, iniciada no último dia 12.
"A Petrobras tem know-how em águas ultra-profundas, um conhecimento tecnológico que nos faz falta, de modo que é um casamento de coração", acrescentou Tiny.
Já anteriormente, outros governos são-tomenses tinham manifestado a intenção de criar um consórcio, com empresas de países de língua portuguesa para a exploração na zona económica exclusiva.
Em Abril de 2008, o então primeiro-ministro são-tomense Patrice Trovoada, considerou, em entrevista à Lusa, que a proximidade cultural entre os países lusófonos "facilita o negócio".
Nas declarações feitas hoje à Lusa, o MNE admitiu, contudo, que a crise mundial pode afectar os esforços do arquipélago em explorar o petróleo e destacou que o Orçamento de 2009 do país não é centrado nos recursos petrolíferos.
Carlos Tiny avançou que várias missões brasileiras, inclusive do sector petrolífero, irão a São Tomé e Príncipe no primeiro semestre deste ano.
Neste período será realizada também uma visita ao Brasil do primeiro-ministro Rafael Branco, ainda sem data precisa.
Tiny disse que o seu país quer ter uma relação estratégica com o Brasil, lembrando que São Tomé e Príncipe já tem dois parceiros estratégicos - Portugal e Angola."Caminhamos para uma relação de parceria estratégica com o Brasil e eu estou aqui justamente para formatar isto", assinalou.
Em Brasília, após ter visitado Rio de Janeiro e Salvador, Carlos Tiny teve encontros com seu homólogo brasileiro, Celso Amorim, e com o ministro da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, Altemir Gregolin, além de reuniões em outros órgãos e ministérios.
Dos dois acordos assinados na visita ao Itamaraty, sede da diplomacia brasileira, um refere-se à realização de mais uma etapa do programa Alfabetização Solidária, que já beneficiou mais de 10 mil pessoas no arquipélago africano desde 2001.
O outro acordo foi na área de pesca e insere-se dentro do plano do governo são-tomense de dar impulso a três sectores estratégicos - segurança alimentar, infra-estruturas, água e energia e turismo.
Um estudo recente do Governo de São Tomé e Príncipe, financiado pelo Programa Alimentar Mundial, indicou que a insegurança alimentar afecta mais de 36 mil pessoas no país, cuja população gira em torno de 150 mil habitantes.
Segundo o MNE Carlos Tiny, cerca de 40 por cento das proteínas animais consumidas pelos são-tomenses vêm da pesca.
Na avaliação do ministro brasileiro da Pesca, o documento assinado terça-feira é importante por criar as bases legais para a ampliação da cooperação em várias áreas da pesca com São Tomé e Príncipe.
"Nós já temos um diagnóstico do sector pesqueiro do arquipélago e, a partir disso, vamos cooperar, começando pelo apoio na elaboração do Plano de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura desse país", afirmou Gregolin.
O ministro brasileiro destacou ainda que há um potencial grande para desenvolver a produção cultivada de peixes, camarão, ostras, mariscos e mexilhões nesse país africano de língua portuguesa.De Brasília, o MNE são-tomense segue hoje à noite para Lisboa.
"Isto está sobre a mesa, está a ser trabalhado e, julgo eu, encontrará realização brevemente", assinalou Carlos Tiny, que termina hoje sua visita oficial ao Brasil, iniciada no último dia 12.
Já anteriormente, outros governos são-tomenses tinham manifestado a intenção de criar um consórcio, com empresas de países de língua portuguesa para a exploração na zona económica exclusiva.
Em Abril de 2008, o então primeiro-ministro são-tomense Patrice Trovoada, considerou, em entrevista à Lusa, que a proximidade cultural entre os países lusófonos "facilita o negócio".
Nas declarações feitas hoje à Lusa, o MNE admitiu, contudo, que a crise mundial pode afectar os esforços do arquipélago em explorar o petróleo e destacou que o Orçamento de 2009 do país não é centrado nos recursos petrolíferos.
Carlos Tiny avançou que várias missões brasileiras, inclusive do sector petrolífero, irão a São Tomé e Príncipe no primeiro semestre deste ano.
Neste período será realizada também uma visita ao Brasil do primeiro-ministro Rafael Branco, ainda sem data precisa.
Tiny disse que o seu país quer ter uma relação estratégica com o Brasil, lembrando que São Tomé e Príncipe já tem dois parceiros estratégicos - Portugal e Angola."Caminhamos para uma relação de parceria estratégica com o Brasil e eu estou aqui justamente para formatar isto", assinalou.
Em Brasília, após ter visitado Rio de Janeiro e Salvador, Carlos Tiny teve encontros com seu homólogo brasileiro, Celso Amorim, e com o ministro da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, Altemir Gregolin, além de reuniões em outros órgãos e ministérios.
Dos dois acordos assinados na visita ao Itamaraty, sede da diplomacia brasileira, um refere-se à realização de mais uma etapa do programa Alfabetização Solidária, que já beneficiou mais de 10 mil pessoas no arquipélago africano desde 2001.
O outro acordo foi na área de pesca e insere-se dentro do plano do governo são-tomense de dar impulso a três sectores estratégicos - segurança alimentar, infra-estruturas, água e energia e turismo.
Um estudo recente do Governo de São Tomé e Príncipe, financiado pelo Programa Alimentar Mundial, indicou que a insegurança alimentar afecta mais de 36 mil pessoas no país, cuja população gira em torno de 150 mil habitantes.
Segundo o MNE Carlos Tiny, cerca de 40 por cento das proteínas animais consumidas pelos são-tomenses vêm da pesca.
Na avaliação do ministro brasileiro da Pesca, o documento assinado terça-feira é importante por criar as bases legais para a ampliação da cooperação em várias áreas da pesca com São Tomé e Príncipe.
"Nós já temos um diagnóstico do sector pesqueiro do arquipélago e, a partir disso, vamos cooperar, começando pelo apoio na elaboração do Plano de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura desse país", afirmou Gregolin.
O ministro brasileiro destacou ainda que há um potencial grande para desenvolver a produção cultivada de peixes, camarão, ostras, mariscos e mexilhões nesse país africano de língua portuguesa.De Brasília, o MNE são-tomense segue hoje à noite para Lisboa.