Em comunicado, o Governo refere que o modelo para a alienação compreende uma operação de venda directa de referência a um ou mais investidores, individualmente ou em agrupamento, nacionais ou estrangeiros, assim como uma oferta pública de venda dirigida exclusivamente a trabalhadores das duas empresas.

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, adiantou no final do Conselho de Ministros, que na sequência desta aprovação o Governo irá nomear uma comissão de acompanhamento. A expectativa do Executivo, disse, "é que processo possa estar concluído no decurso desta legislatura".

A secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, realçou, por seu lado, que o Governo só tinha três alternativas para estas empresas, impedidas por Bruxelas de receberem ajudas de Estado: liquidar as empresas, reestruturar "com tudo o que isso significa em termos de revisão da operação e postos de trabalho, e privatizar, "que por definição trará uma reestruturação".

Sérgio Monteiro sublinhou que os processos agora aprovados visam "dar condições para que as empresas possam crescer e para que possam ter quadros mais qualificados e valorizados do ponto  de vista remuneratório.

Sobre o interesse de potenciais interessados, o secretário de Estado sublinhou que as duas empresas "têm vindo a recuperar quer quota de mercado quer a sua situação económico-financeira". "Estão hoje melhores do que estavam no passado, mas ainda precisam de continuar o caminho de consolidação, seja por via de redução de custos seja por via de acréscimo de volume de negócios".

"Estamos optimistas", disse Sérgio Monteiro, adiantando que o Governo tem tido "manifestações de interesse quer na CP Carga quer EMEF, interessados sérios, do sector, que reforçam a confiança que os processos serão bem-sucedidos". 

(Notícia actualizada com mais informação)