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Conheça os próximos administradores do BCP (act)

Berardo deixa os órgãos sociais do BCP mas o seu advogado passa a integrar o Conselho de Administração, que será composto por 20 elementos. A Sonangol reforça poder e Teixeira Duarte regressa. Veja aqui quem são os administradores e membros de outros órgãos sociais.

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O Banco Comercial Português publicou hoje a proposta dos accionistas para a assembleia geral que vai decorrer a 28 de Fevereiro.

A lista contém poucas novidades face aos nomes que já tinham sido noticiados, destacando-se a ausência de Joe Berardo da lista para os vários órgãos sociais. O investidor, que presidia ao Conselho de Remunerações, era apontado para integrar o Conselho Estratégico Internacional, não surge na nova lista. Na proposta hoje conhecida, Berardo está ausente, mas em contrapartida surge o seu advogado, Andre Luiz Gomes, como administrador independente.

O Conselho de Administração do BCP será composto por 20 elementos, sendo que uma das novidades é Juan Bastos-Mendes Rezende, em representação do Sabadell.

Face à lista inicial, a que o Negócios teve acesso na última quinta-feira, há ainda outra alteração. Fátima Barros, directora da Universidade Católica, não integra a lista, onde surge agora Jaime de Macedo Santos Bastos.

O Conselho de Remunerações e Previdência do BCP será liderado por Baptista Muhongo Sumbe e composto ainda por Manuel Soares Pinto Barbosa, José Manuel Galvão teles, e José Luciano Vaz Marcos.

Na comissão de auditoria o presidente será João Manuel de Matos Loureiro. Este órgão será ainda composto por José Guilherme Xavier de Basto e Jaime Santos Bastos.

O BCP passará a contar com um novo órgão social, o Conselho Estratégico Internacional, que será liderado pelo actual CEO, Carlos Santos Ferreira. Francisco Lemos José Maria, novo presidente da Sonangol e Josep Oliu, do Sabadell, serão os vice-presidentes.


Sonangol reforça poder; Teixeira Duarte regressa

No Conselho de Administração fica evidente o reforço do poder dos angolanos da Sonangol.

A equipa que vai ser liderada por Nuno Amado integrará dois membros que, anteriormente, faziam parte da administração do Atlântico Europa, banco da petrolífera angolana. Por outro lado, entre os administradores não executivos há três representantes da empresa de Luanda, que é o maior accionista da instituição.

Na gestão executiva, Conceição Lucas, que vai ficar na história do BCP como a primeira mulher na administração executiva, passará a ser o segundo elemento com origem no Atlântico. Antes da gestora, com carreira feita na banca, já José Iglésias Soares tinha transitado do banco da Sonangol directamente para o BCP, há um ano.

Já entre os membros não executivos haverá mais três representantes da Sonangol. Desde logo o presidente não executivo, António Monteiro. O embaixador português, que nasceu em Angola, é consultor do Atlântico e accionista da InterOceânico, gestora de participações com ligações à Sonangol e ao banco angolano, que tem 1,5% do BCP.

O segundo administrador não executivo que representa os interesses da Sonangol é Carlos Silva, presidente do Atlântico e da Inter--Oceânico, que fica como vice-presidente do conselho do BCP. Tal como António Monteiro, o banqueiro entrou para o CGS na assembleia-geral de Fevereiro do ano passado, momento que iniciou a viragem na forma como a petrolífera angolana exerce o seu poder no maior banco privado português. Desde essa altura, que o accionista angolano passou a ter um papel mais actuante na gestão.

Também César Paxi Pedro, advogado de Luanda que é administrador da Sonangol, vai integrar o conselho como não executivo.

A petrolífera, que é o maior investidor do BCP, com 12,5% do capital, passará ainda a liderar o conselho de remunerações e previdência. Baptista Sumbe, administrador da Sonangol, substituirá Joe Berardo na liderança deste órgão.

Além do reforço de poder angolano, a alteração do modelo de governo do BCP ficará ainda marcada pelo regresso de Pedro Teixeira Duarte aos órgãos sociais do banco. O líder da construtora vai ser vice-presidente da administração sem funções executivas.

Este retorno não será alheio ao facto de a Teixeira Duarte, segundo maior accionista do grupo, ser um dos mais antigos defensores do modelo de gestão que o BCP vai adoptar e que se baseia num conselho de administração alargado, de onde emana uma comissão executiva.

No total, o novo conselho do banco vai ter 20 membros, dos quais sete terão funções executivas e em que há apenas três estreias na comissão executiva.

Administradores Executivos e não executivos do BCP:

António Monteiro (Presidente), Carlos José da Silva (vice-presidente), Nuno Amado (vice-presidente e CEO), Pedro Teixeira Duarte (vice-presidente), António Mexia, Juan Bastos-Mendes Rezende, Álvaro Bissaia Barreto, António Pinho Cardão, César Paxi João Pedro, José Iglésias Soares, André Luiz Gomes, José Matos Loureiro, José Guilherme Xavier de Basto, Jaime de Macedo Santos Bastos, Maria da Conceição Lucas, António Faustino, Miguel de Bragança, Miguel Maya, Luís Pereira Coutinho, Rui Manuel Teixeira.

(notícia actualizada às 15h35 com a troca de Fátima Barros por Jaime de Macedo Santos Bastos)




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