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Conheça as propostas de crédito dos bancos para as empresas
Depois do travão dos últimos anos, os bancos têm vindo a intensificar a promoção do financiamento às empresas. Conheça as soluções e taxas praticadas nas maiores instituições.
BES tem condições "competitivas" nas linhas com protocolo
O Banco Espírito Santo (BES) enumera no seu "site" todas as formas de financiamento disponíveis para as empresas a operar em Portugal. A instituição liderada por Ricardo Salgado distingue as suas ofertas consoante o fim a que se destinam: apoio ao crédito, apoio à exportação e apoio à tesouraria.
"Temos soluções ajustadas a todas as finalidades", explicou fonte oficial do BES ao Negócios. No que se refere ao custo deste crédito, "os 'spreads' e comissões são de análise casuística em função do 'rating' dos clientes, dos prazos e da finalidade dos financiamentos".
Ainda assim, o banco considera que tem "condições muito competitivas", apresentado como exemplo as linhas protocoladas. No PME Crescimento, na linha dedicada às exportadoras, o "spread" é inferior a 5% e não existem comissões associadas. Já na linha protocolada com o BEI, o "spread" máximo é de 3,751%.
Os 'spreads' e comissões são de análise casuística em função do 'rating' dos clientes.
BPI oferece mil milhões de euros de crédito para as empresas
O BPI tem, actualmente, disponível uma linha de crédito para as empresas que ascende a mil milhões de euros. Esta linha destina-se ao financiamento da actividade de exploração e de investimento de médias e grandes empresas a operar em Portugal. O prazo do empréstimo pode ir até aos cinco anos.
O valor do crédito pedido pelas empresas pode ir dos 250 mil aos 50 milhões de euros, com um prazo máximo de cinco anos. A taxa de juro cobrada é variável, indexada à Euribor do período de referência de pagamento de juros. Esta taxa é acrescida de um "spread" que é definido em função do nível de risco, do tipo e do prazo da operação bem como do nível de produtos contratados no BPI válidos para este efeito. O "spread" pode variar entre os 3,75% e os 5%.
Além desta linha, o BPI disponibiliza um conjunto diverso de soluções de financiamento para as empresas. "Soluções completas para todas as necessidades de financiamento", explica o banco no seu "site". Estas soluções passam por créditos de curto e longo prazo, crédito por assinaturas, crédito especializado, entre outras.
CGD tem soluções "flexíveis" para as exportadoras
O banco público apresenta um conjunto diversificado de soluções de financiamento para as empresas portuguesas. A Caixa Geral de Depósitos enumera no seu "site" as várias formas de empréstimo que as companhias têm ao seu dispor para garantir o seu crescimento, bem como as suas principais características.
Uma das vias de crescimento das empresas passa pela exportação e este é um dos aspectos que mais destaque merece no "site" do banco. A CGD comercializa a Linha Caixa Exportação, que apresenta "prazos e condições flexíveis de antecipação de recebimentos, particularmente vocacionada para as empresas exportadoras e empresas produtoras de bens transaccionáveis substitutos de importações". Ainda que não seja referida no site informação relativa à taxa de juro aplicada, o banco sublinha que existe "bonificação de 'spread' para empresas com relacionamento bancário global centralizado na Caixa".
A Linha Caixa Exportação tem "prazos e condições flexíveis de antecipação de recebimentos.
Millennium bcp financia até um milhão de euros
Também o Millennium bcp apresenta soluções que visam apoiar o crescimento das empresas. No "site", apresenta os vários financiamentos. A Linha PME Crescimento apresenta duas linhas, uma geral e exportadora e outra para micro e pequenas empresas.
No primeiro caso, o banco financia até um milhão de euros, com um prazo máximo de nove anos e possibilidade de carência de capital até 24 meses. A taxa de juro que a empresa vai pagar resulta da soma da Euribor três meses e um "spread" que varia em função do escalão da empresa e que pode chegar ao máximo de 4,938%.
No caso da linha para micro e pequenas empresas, o valor do financiamento oscila entre os 25 e os 50 mil euros. Um valor que terá que ser pago num prazo máximo de seis anos, com a possibilidade de carência de capital até um ano. Os juros a serem suportados pela empresa equivalem à Euribor a três meses somada a um "spread" máximo de 4,219%. A instituição liderada por Nuno Amado sublinha, no entanto, que o "spread" pode ser reduzido em função da análise de risco do cliente.
Santander Totta aposta em taxas de juro "competitivas"
O Santander Totta também disponibiliza aos seus clientes um conjunto de soluções de financiamento variado. No "site" do banco é possível verificar que esta oferta varia de acordo com o sector, havendo linhas de financiamento para o sector da restauração, para a agricultura e para o comércio alimentar, entre outros. O banco proporciona também linhas de financiamento protocoladas.
No que se refere à Linha PME Crescimento, o banco apresenta uma simulação no "site”. Para um crédito na linha micro e pequenas empresas, no valor de 25 mil euros, pelo prazo de 48 meses seria cobrada uma taxa de juro que corresponde à Euribor a três meses, acrescida de um "spread" de 5%.
Esta linha destaca-se, assim, por aspectos como "taxas de juro competitivas", isenção das comissões bancárias associadas, possibilidade de amortização antecipada sem cobrança de qualquer comissão e carência de capital que pode ir até um ano.
Em 2013, a Linha PME Crescimento passou a poder ser utilizado por empresas do sector primário.