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“Condições com que se opera em Alcântara são extremamente deficientes”
O porto de Lisboa tem cada vez menos peso para a actividade da CP Carga, reclamando o presidente da empresa dos custos com manobras que suporta em Alcântara.
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O presidente da CP Carga, Aires São Pedro, lamentou esta terça-feira no Parlamento, na audição sobre a reorganização da actividade portuária do estuário do Tejo, as condições em que a empresa opera no terminal de Alcântara, que “obriga a custos muito significativos que CP Carga tem de suportar”.
“O custo com a operação em Alcântara não é de menosprezar”, disse o responsável, explicando que os custos com o movimento de vagões chegam aos 400 mil euros por ano.
“Este custo, que CP Carga suporta nos portos, não só em Lisboa, é questão que entendemos que ter de ser equacionada com instituições portuárias”, sublinhou.
Em sua opinião, “há questões que hoje condicionam a actividade no porto de Lisboa”, infra-estrutura que pesa actualmente apenas 7% para a actividade da empresa.
Aires São Pedro explicou que a actividade portuária tem um peso importante no negócio da CP Carga – empresa que será alvo de privatização –, que transportou 8,7 milhões de toneladas em 2012, sendo que cerca de 58% teve como origem e destino os portos portugueses.
No entanto, “a distribuição dessa actividade não é uniforme”, representando Sines 60% e o porto de Lisboa 7%.
“O porto de lisboa tem vindo a perder peso na nossa actividade”, afirmou o presidente da CP Carga, adiantando que em 2010 o seu peso era de 15%.