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Greenvolt sobe financiamento com OPA à porta

A empresa liderada por João Manso Neto justifica o aumento do financiamento com o “elevado interesse”. Hoje, arranca a oferta pública de aquisição (OPA) da KKR sobre os cerca de 15% da Greenvolt que ainda não controla.

A empresa liderada por Manso Neto tinha anunciado um financiamento através de um empréstimo sindicado de 350 milhões de euros. Agora eleva o valor para 400 milhões.
A empresa liderada por Manso Neto tinha anunciado um financiamento através de um empréstimo sindicado de 350 milhões de euros. Agora eleva o valor para 400 milhões. Pedro Catarino
06 de Outubro de 2024 às 23:02
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A Greenvolt optou por elevar o montante do financiamento obtido através de um empréstimo sindicado de 350 milhões para 400 milhões de euros.

A decisão deve-se, indica a empresa liderada por João Manso Neto em comunicado, ao” elevado interesse verificado junto da comunidade financeira, bancária e institucional”.

A empresa de energias renováveis destaca ainda o facto de o reforço do financiamento ter contado “com duas novas instituições, sendo uma delas uma estreia na colaboração com o grupo Greenvolt”.

“Inicialmente, o sindicato era composto por um investidor institucional e cinco bancos, com quatro novas instituições financeiras a juntarem-se ao grupo Greenvolt como parceiros a nível corporativo. Com o reforço do financiamento, esta operação contou com um total de oito entidades internacionais distintas”, detalha.

O montante obtido destina-se a “fortalecer o balanço do grupo Greenvolt para fomentar o desenvolvimento do seu pipeline no segmento de Utility Scale, impulsionando a próxima fase de crescimento da empresa”, refere ainda.

Por outro lado, “permite reforçar a estratégia da empresa de construir relações de longo prazo com instituições financeiras chave”.

Atualmente, a Greenvolt tem um “pipeline” de 9,3 GW em projetos eólicos, solares fotovoltaicos e de soluções de baterias num total de 16 países.

OPA e saída de bolsa

Este reforço do financiamento ocorre numa altura em que arranca a oferta pública de aquisição (OPA) por parte da “private equity” norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR), que decorrerá entre esta segunda-feira e 24 de outubro.

A OPA incide sobre 54.469.945 de ações da Greenvolt, correspondentes aos cerca de 15% do capital da empresa portuguesa que a KKR ainda não detém. A contrapartida é de 8,3107 euros por ação.

Caso a KKR, que atualmente detém 85,42% dos direitos de voto na Greenvolt, supere o limiar dos 90% do capital, a “private equity” já indicou que irá desencadear o mecanismo da OPA potestativa para retirar a empresa de bolsa.

A Greenvolt, nascida no seio da Altri, estreou-se em bolsa em julho de 2021, tendo após a primeira sessão em que negociou encerrado com uma cotação de 4,694 euros e uma capitalização bolsista de cerca de 560,6 milhões de euros. Em agosto de 2022 chegou a cotar nos 10,8 euros.

Agora, com a saída de bolsa já à vista, a empresa de energias renováveis fechou na passada sexta-feira nos 8,305 euros por ação, o que lhe conferia um valor de mercado de 1.355,7 milhões de euros, 142% acima da estreia.

 

O financiamento passa dos 350 milhões iniciais para 400 milhões de euros.
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