O presidente da Refer, Rui Loureiro, disse esta terça-feira no Parlamento que a solução para a ligação ferroviária entre o futuro terminal de contentores da Trafaria e Lisboa terá custos associados de cerca de 152 milhões de euros, a que se somariam outros oito milhões para expropriações.

Na audição sobre a Reorganização da Actividade Portuária do Estuário do Tejo, o responsável disse que há já alguns anos que a Refer estudou a  solução  com que o Governo quer agora avançar e que “existe um canal mais ou menos reservado da linha do sul até à Trafaria”.

Rui Loureiro disse ainda que no âmbito dos estudos, uma das soluções  revelou-se inviável porque não permitiria a electrificação do troço por causa da passagem por baixo da linha do sul.

“A outra, que tem um impacto ambiental mais reduzido, prevê três túneis e três viadutos saindo na arriba”, disse.

Em resposta às questões dos deputados relativamente ao agravamento dos custos logísticos desta transferência, o responsável disse que “existirão alguns custos adicionais, tendo em conta os cerca de 200 quilómetros” para concretizar a ligação.  

Rui Loureiro garantiu ainda que “não está prevista qualquer tipo de nova ponte, nem sequer a passagem de comboios” na 25 de Abril, algo que “adicionaria novos problemas”.

Já João Grade, da Estradas de Portugal, adiantou na mesma audição que a intervenção da empresa neste processo é apenas a ligação do IC20 à Trafaria e da Trafaria ao terminal, uma extensão de 900 metros de vias, sendo a estimativa de investimento de dois milhões de euros.