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CMVM não vê necessidade de divulgar estudo sobre fundo de pensões
A CMVM comunicou à Portugal Telecom que "não está suficientemente demonstrada a necessidade de divulgação de informação adicional por parte da Sonaecom à CMVM e/ou ao mercado" sobre o estudo da Pricewaterhouse que aponta que o défice do fundo de pensões d
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) comunicou hoje à Portugal Telecom que "não está suficientemente demonstrada a necessidade de divulgação de informação adicional por parte da Sonaecom à CMVM e/ou ao mercado" sobre o estudo da Pricewaterhouse que aponta que o défice do fundo de pensões da Portugal Telecom ascende aos 3,34 mil milhões de euros e não a dois mil milhões, como diz a operadora.
A PT queria que a CMVM forçasse a Sonaecom a divulgar na íntegra este estudo.
O regulador do mercado analisou o assunto e entendeu que as declarações da Sonaecom sobre o "défice real" do fundo de pensões da PT tiveram como base um "estudo realizado por uma entidade competente", e que, este é um tema em que "pequenas diferenças" nas projecções geram "discrepâncias de valores que podem atingir grandes proporções", pelo que acaba por "aceitar" as duas versões para o valor do fundo de pensões do Grupo PT.
Além disto, afirma a CMVM, "a Sonaecom não coloca em causa a veracidade da informação financeira contida" nas contas da PT, "informação essa que foi auditada. Preconiza, isso sim, a utilização de parâmetros mais conservadores no cálculo do valor actual das responsabilidades".
Para o regulador, a Sonaecom fazê-lo "apoiada em estudos de existência comprovada", dá-lhe o direito de "tirar daí consequências razoáveis e aceites pelas regras contabilísticas".
Tendo isto em conta,o organismo liderado por Carlos Tavares concluiu que "não se pode considerar" que "exista informação inverídica [cit] ou incompleta prestada ao mercado nesta matéria, quer pela Sonaecom, quer pela PT".