A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não quis comentar a condição imposta pela Autoridade da Concorrência (AdC) ao sucesso da oferta da Sonaecom, que agora está também dependente da aquisição de 90% da PT Multimédia, "pormenor" que não consta na oferta preliminar registada pelo grupo de Belmiro de Azevedo na CMVM.

"A Sonaecom tem 10 dias para actualizar os documentos da oferta em função da decisão da AdC" adiantou fonte oficial da CMVM ao Jornal de Negócios online.

O regulador considera não ser a altura para se pronunciar se esta alteração das obrigações da Sonaecom nas condições da oferta entra em confronto com o artigo 175 do Código de Valores Mobiliários que estipula que a "publicação do anúncio preliminar obriga o oferente a lançar uma oferta em termos não menos favoráveis para os destinatários do que as constantes desse anúncio".

O facto da condição de sucesso passar dos 50% mais uma acção na PT Multimédia, para os 90%, pode ser visto como um "termo menos favorável" para os accionistas da PT Multimédia.

O regulador dos mercados, contudo, estima divulgar algumas novidades sobre a operação ainda ao longo da próxima semana.