Dezena e meia de clientes do Banco Privado Português (BPP) mantêm-se nas instalações da sede da instituição, no Porto, decididos a prosseguir “até poderem” o seu protesto e reclamando uma solução que lhes permita acederem às poupanças que têm no banco.

Em contacto telefónico a partir de Lisboa, uma das clientes que encontra no interior da sede do BPP disse que depois da expulsão de Fernando Carneiro, “empurrado pela polícia quando se encontrava junto de um portão a recolher mantimentos”, já saíram mais três pessoas: duas porque precisavam de medicamentos e uma terceira porque se sentiu mal.

Já depois do início do protesto de um grupo de clientes do BPP, a administração provisória da instituição anunciou que vai encerrar nos próximos dias as instalações do banco no Porto.

“A administração reitera que compreende o desespero dos clientes, que estão impedidos de aceder às suas poupanças há cerca de um ano, mas apela-lhes que se abstenham de assumir este tipo de atitudes, que só os prejudicam”, refere em comunicado o organismo nomeado pelo Banco de Portugal.

Os manifestantes iniciaram ontem um protesto no interior da sede do banco no Porto, onde pretendiam manter-se indefinidamente, prometendo não desmobilizar até à apresentação de uma solução definitiva para as suas poupanças.

Os clientes do BPP já se manifestaram no interior da sede do BPP por várias vezes.

No mês passado, aí se concentraram para assinalarem os 12 meses que passaram desde que o Banco de Portugal negou o pedido de financiamento de João Rendeiro.