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Citroup sobe alvo da EDP para 3 euros com recuperação no segundo semestre
A Citigroup aumentou o preço-alvo da Energias de Portugal em 15% - de 2,60 para 3 euros – uma vez que, depois de um «fraco» desempenho no primeiro semestre de 2005, as acções da eléctrica estão a recuperar no segundo semestre impulsionadas principalmente
A Citigroup aumentou o preço-alvo da Energias de Portugal em 15% - de 2,60 para 3 euros – uma vez que, depois de um «fraco» desempenho no primeiro semestre de 2005, as acções da eléctrica estão a recuperar no segundo semestre impulsionadas principalmente pela melhoria do sentimento do investidor no perfil de risco da empresa.
Em research, os analistas Alejandro Vigil e Alberto Pontil explicam que a Energias de Portugal apresenta um potencial de valorização «atractivo» por três razões: o momento positivo em termos de regulação, a aceleração do crescimento em Espanha e no Brasil e o facto da empresa se encontrar a valores atractivos face às congéneres ibéricas.
Relativamente à primeira razão, depois da revisão positiva nas tarifas efectuada pela Entidade Reguladora do Sector Energética (ERSE), o momento da regulação «poderá permanecer positivo para a EDP caso os governos espanhol e português cheguem a um acordo para o lançamento do Mibel durante 2006)», sublinha a mesma fonte.
Os especialistas acrescentam que, assim que o Mibel começar, a EDP «estará apta para providenciar mais visibilidade na regulação dos seus negócios de geração através dos CMEC (custos de manutenção do equilíbrio contratual) aprovado pelo governo em 2004». A empresa deverá securitizar cerca de três mil milhões de euros no final de 2005 o que «irá providenciar fontes financeiras de baixos custos para a empresa», considera a casa de investimento.
Por outro lado, segundo a mesma fonte, a empresa apresenta potencial de subida uma vez que está a aumentar os seus investimentos em Espanha em capacidade de energias renováveis (quase 350 MW no final de 2005), nas CCGTs (planeia adicionar entre 800 e 1,2 mil MW) e está a reforçar a sua posição no gás (segunda maior em Portugal com uma quota de 10% na distribuição e fornecimentos).
«Devido a sua pequena quota de mercado na geração (7% em 2005) e à sua baixa exposição à produção nuclear (13% do total da sua produção), e empresa não deverá ser afectada de forma negativa por qualquer mudança nos reguladores no mercado de geração espanhol», explicam os analistas acrescentando que o crescimento no Brasil deverá ser o principal impulsionador com a abertura da hidroeléctrica de 452 MW Peixe Angelical em 2006.
Os especialistas consideram também que a eléctrica está barata negociando actualmente a um desconto entre 10% a 25% face às congéneres ibéricas e em linha com a média europeia. Tendo em conta o perfil de baixo risco e as estimativas de taxas de crescimento atractivas, as acções estão a negociar a múltiplos «interessantes», considera a casa de investimento que acredita que o processo de reavaliação das acções da EDP deverá continuar em 2006 motivado pelas alterações na legislação em Portugal e por uma melhor visibilidade de perspectivas de ganhos da empresa.
Os especialista que mantêm a recomendação de «compra» para a EDP consideram-na uma das «utilities» ibéricas com melhor relação entro o risco e o retorno.
A UBS também subiu hoje o preço-alvo da EDP, de 2,7 para 2,8 euros, mas baixou a recomendação para «neutral». A subida da avaliação diz respeito ao encaixe obtido com a venda da posição na Galp.
As acções da EDP seguiam a subir 0,39% para os 2,55 euros.