As cinco maiores redes de concessionários de automóveis de Portugal, onde se incluem a Santogal, a Salvador Caetano, o grupo Auto-Industrial, o grupo Entreposto e a Baviera, têm uma quota de mercado conjunta de 32%, indica o mais recente estudo da consultora DBK sobre este sector.

O volume de negócios das cerca de 1.200 concessões e sucursais em Portugal terá descido 5% no ano passado, em linha com a quebra no volume das vendas de automóveis, para 4,2 mil milhões de euros, estima ainda a DBK. As vendas de veículos novos representaram 60% do comércio automóvel no ano passado.

De acordo com a mesma fonte, "a debilidade da economia portuguesa, o aumento da fiscalidade sobre o automóvel e a intensificação da concorrência constituíram os principais factores determinantes para a evolução do mercado português de automóveis em 2006".

Os distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém concentram 30% dos concessionários, um peso idêntico ao que tem a região que vai do Porto a Bragança, passando por Braga, Viana do Castelo e Vila Real.

Em relação às perspectivas de negócio para os concessionários, a DBK indica que este ano poderá haver ainda um prolongamento da descida de vendas, com uma facturação 2% inferior à de 2006, mas em 2008 espera-se uma recuperação, que pode traduzir-se num aumento das vendas de cerca de 4%.

Para essa mesma recuperação devem contribuir a introdução de novas marcas, principalmente asiáticas, o mercado dos usados ou a internacionalização dos grupos portugueses de concessionários.