A proposta de emissão de obrigações até 750 milhões de euros, que será votada na assembleia geral (AG) anual da Cimpor, é um mecanismo de prevenção destinado a cobrir possíveis necessidades de financiamento caso sejam efectuadas aquisições, disse fonte oficial da Cimpor ao Negocios.pt.

Segundo um comunicado da Cimpor [CIMP], um dos pontos da ordem de trabalhos da AG anual da empresa, marcada para 14 de Maio, prevê a deliberação «sobre a emissão de obrigações até ao montante de 750 milhões de euros».

«Este é um mecanismo para prevenir necessidades de financiamento caso a Cimpor decida eventualmente efectuar aquisições este ano», adiantou fonte oficial da maior cimenteira nacional ao Negocios.pt.

A mesma fonte adiantou que esta medida «não é inovadora», uma vez que nos últimos dois anos foram avançadas propostas no mesmo sentido nas respectivas AG?s anuais da empresa.

O mesmo responsável acrescentou que «a Cimpor não tem nenhuma aquisição em vista neste momento» e que as possibilidades de efectuar operações de consolidação «podem ou não aparecer».

Assim sendo, a autorização para emitir obrigações até àquele montante não implica que esta medida seja concretizada, sendo apenas «uma forma de financiamento a que poderemos recorrer caso seja necessário», reforçou a fonte da cimenteira.

As acções da Cimpor seguiam a perder 0,21% para os 19,21 euros.