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Chineses da EDP procuram sucessor de Mexia

A China Three Gorges, o maior accionista da EDP, quer substituir António Mexia à frente da EDP. O nome do sucessor do actual CEO da eléctrica deverá ser escolhido até ao final deste ano, com Francisco Lacerda, actual presidente dos CTT, a ser apontado como uma forte hipótese.

A EDP não deu novidades aos investidores sobre as investigações judiciais sobre suspeitas de corrupção nos contratos dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), segundo o CaixaBank BPI. Os responsáveis da eléctrica indicaram que a gestão não foi alvo de novas abordagens pelas autoridades em relação a essa matéria. Já em relação aos ajustamentos dos CMEC para os próximos dez anos, a empresa indicou que ainda não foram tomadas decisões, mas prevê que não sofram alterações muito significativas. Já em relação à EDP Renováveis, reiterou que a actual situação se deverá manter no médio prazo, depois de a EDP não ter conseguido mais de 90% da eólica na OPA. O preço-alvo é de 3,70 euros com análise 'neutral'.
António Mexia, que está há 12 anos à frente da administração da EDP, quer continuar no cargo, mas o maior accionista da empresa já começou o processo de escolha do seu sucessor.
07 de Outubro de 2017 às 12:50
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Ao fim de 12 anos de liderança da EDP, o gestor mais bem pago de Portugal deverá estar de saída da eléctrica. É que o maior accionista da empresa, a China Three Gorges (CTG), parece que deixou de estar entusiasmada com António Mexia, pretendendo encontrar um novo CEO ainda este ano, avança a edição deste sábado do jornal Expresso.

De acordo com o mesmo jornal, Francisco Lacerda, actual presidente dos CTT, é uma das hipóteses que a CTG tem em cima da mesa para substituir Mexia no cargo de CEO da EDP.

Já Mexia considera que ele próprio é a melhor escolha para o lugar, tendo ainda há duas semanas reafirmado a sua disponibilidade para permanecer à frente da empresa.

Cabe agora ao maior accionista da EDP decidir, sendo certo que a escolha final, para evitar um arrastar de incerteza que poderia prejudicar o trabalho da actual administração, deverá ser anunciada bem antes da assembleia geral de accionistas da eléctrica marcada para Abril de 2018.

 

Vários acontecimentos terão empalecido o brilho de Mexia junto do accionista chinês, como o facto de o gestor ter sido constituído arguido na investigação do Ministério Público sobre os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), o enfraquecimento da capacidade negocial da EDP como o Governo de António Costa e a recente notícia do interesse da Gas Natural Fenosa numa fusão com a eléctrica portuguesa.

 

Recorde-se que, pela primeira vez desde a privatização da EDP, a CTG reforçou esta semana a sua posição na eléctrica, tendo comprado 1,9% da empresa, num investimento de 208 milhões de euros, elevando a sua participação para 23,3%.

 

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