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China multa sueca H&M por publicidade enganosa

A China puniu a multinacional sueca com uma multa superior a 40 mil dólares por anúncios que davam conta de que certos produtos apenas estavam disponíveis no país.

01 de Setembro de 2021 às 12:54
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A H&M foi multada em 260 mil yuan (40.200 dólares norte-americanos) na China por "enganar os clientes" nos seus anúncios publicitários.

O regulador de mercado em Xangai acusa a marca de vestuário de ter iludido os clientes com anúncios de que determinados produtos estavam apenas disponíveis na China, numa decisão publicada a 23 de agosto, divulgada esta quarta-feira pelo South China Morning Post (SCMP).

As autoridades indicaram que a investigação teve início em fevereiro, após seis denúncias recebidas dois meses antes. Segundo o mesmo jornal, foram ainda confiscados 30 mil yuan (4.600 dólares norte-americanos) em receitas descritas como ilegais, resultantes da venda de produtos abaixo dos padrões.

O regulador ordenou ainda à H&M para parar de publicar anúncios ilegais e de produzir e comercializar produtos que falham em cumprir os padrões de qualidade.

A H&M é acusada de induzir os clientes em erro, por exemplo, num caso em que publicitou, em 2020, um casaco de inverno com "estilo limitado na China" no Tmall, o pavilhão de luxo do shopping digital da chinesa Alibaba.

As autoridades entendem que o objetivo da multinacional sueca era "atrair mais consumidores", apesar de o produto não ter sido feito à medida do mercado chinês nem de ser vendido apenas no país. Segundo o SCMP, a empresa editou a descrição do item em janeiro, já quando a investigação estava em curso.

A China é o quarto maior mercado da H&M e acolhe 505 lojas da marca, ficando apenas atrás dos Estados Unidos, com 593. Em março, a empresa têxtil sueca esteve sob fogo na China por deixar de comprar algodão de Xinjiang – que produz cerca de um quinto do algodão mundial – sob alegações de trabalho forçado e até de genocídio que Pequim contesta.

A decisão da H&M teve efeitos quase imediatos, com a imprensa estatal chinesa a noticiar na altura que os produtos da marca tinham sido removidos das principais plataformas de comércio eletrónico na China.

A contestação contra a H&M chegou depois de uma série de sanções entre a China e os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá por causa do tratamento a que serão sujeitas as minorias étnicas da região autónoma do Xinjiang.

 

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