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Certificados de aforro levam receitas de serviços financeiros dos CTT a disparar 141%

Produtos de poupança do Estado, vendidos através dos CTT, atraíram mais de 7,5 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano.

Os títulos dos CTT perderam fôlego no início do ano, após uma escalada de quase 100% em 2021 que levou a cotada a liderar os ganhos no PSI-20.
Bruno Colaço
04 de Maio de 2023 às 22:10
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A corrida aos certificados de aforro ajudou os CTT a aumentarem as receitas da área de Serviços Financeiros e Retalho. De acordo com as contas do primeiro trimestre divulgadas esta quinta-feira, este segmento alcançou proveitos de 28,7 milhões de euros, um aumento de 141,6%.

Na base deste disparo está o aumento da procura por "títulos de dívida pública, em especial dos certificados de aforro, num contexto de taxas de juro mais favoráveis a este produto de poupança", como explicou a empresa liderada por João Bento em comunicado emitido à CMVM.

Só os títulos da dívida pública - que inclui certificados de aforro e certificados do tesouro poupança crescimento - apresentaram rendimentos de 23,2 milhões de euros, um aumento de 306,7%.

Segundo as contas dos CTT, foram efetuadas subscrições no montante de 7,5 mil milhões de euros  no primeiro trimestre de 2021, o que corresponde a uma média de 117,9 milhões por dia,  que compara com os 18,5 milhões de euros por dia registados em igual período do ano passado. Além disso, o valor total das subscrições nestes produtos nos três primeiros meses do ano já quase atingiu o valor  total do ano de 2022: 8,1 mil milhões de euros.

"Estes resultados derivam de uma nova conjuntura de taxas de juro que posiciona melhor a dívida pública enquanto alternativa de investimento", sublinha a empresa liderada por João Bento.

Analisando só os serviços financeiros (excluindo outros rendimentos) os CTT  registaram rendimentos de 25 milhões de euros , um aumento de 223,2%. 

Pelo contrário, os produtos e serviços de retalho atingiram 3,4 milhões de rendimentos, uma queda de 17,1%.

"Esta redução está de acordo com a estratégia definida para a rede de retalho, de descontinuar alguns produtos, incluindo as "raspadinhas", e reposicionar a rede de retalho para uma plataforma de serviços", como por exemplo com: soluções de self-services de distribuição de produtos e serviços de correio e de expresso e encomendas, distribuição de dívida pública ou comercialização de produtos de seguros.

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