Notícia
CEO: Capazes de Exceder Objectivos
Um livro. 23 gestores. Falam do percurso até à liderança, dos altos, dos baixos, da sorte, do trabalho. De António Coimbra, da Vodafone, a Carlos Barros, da Fujitsu, a lista é extensa. O livro conta com apenas duas mulheres. Nuno Amado foi outro dos entrevistados. Ficou por contar a passagem do Santander para o BCP.
António Reffóios, da Nestlé, tem uma “história à Gabriel García Marquez”. João Leandro, da AXA, tem um “percurso extraordinário”. Jorge Martins, da Martifer, faz parte de uma “história americana”.
Estas são três histórias que a jornalista Rute Sousa Vasco destaca entre as que ouviu para escrever o livro “A sorte dá muito trabalho”, em conjunto com Fernando Neves de Almeida.
A obra tem como base conversas com 23 CEO de empresas portuguesas. Para contarem como é crescer dentro de uma companhia. Para dizerem como é que o conseguiram. Para mostrarem que não houve heranças pelo meio. Para provarem que a sorte dá muito trabalho.
Nuno Amado foi um dos gestores que colaborou com o livro. “Ir para CEO foi o segundo passo mais difícil da minha carreira, sendo que o primeiro foi trocar a auditoria pela banca”, afirmou. Ficou por contar uma história. A sua passagem da liderança do Santander para a do BCP.
Outra das curiosidades que se destaca na obra é a quase total ausência de gestoras do leque de entrevistados. Rute Sousa Vasco disse ao Negócios que houve dificuldade em encontrar nomes femininos no topo empresarial. “Não é uma surpresa”, comenta. Ana Paula Moutela, da Zara, e Cláudia Almeida e Silva, da Fnac, são as excepções.
Gestor que partilha experiência com trabalhadores
E o que leva gestores a revelarem a sua história num livro? Por que é que os administradores deixam que os seus funcionários tenham acesso ao seu percurso profissional e pessoal?
“Havia imensas razões para não estar no livro, porque acho que a visibilidade dos líderes é muito exagerada”, é a resposta de António Casanova, CEO da Unilever Portugal (na foto).
Contudo, para Casanova, os líderes não se podem eximir do dever que têm para com as pessoas que consigo trabalham e que querem fazer carreira. Como? “[Passando] mensagens das três ou quatro coisas que acredito serem importantes”, salienta.
“Achei interessante partilhar a experiência que vamos tendo ao longo da vida. Também para ajudar os mais novos a encontrar algumas pistas sobre como é que podem progredir nas carreiras”, considera João Costa, da Matutano.
Para Rute Sousa Vasco, a disponibilidade dos gestores em participar num livro, em que se expõem, em que contam a sua vida, foi “absolutamente extraordinária”.
“Temos excelentes gestores”
O co-autor de “A sorte dá muito trabalho”, Fernando Neves de Almeida, traçou, na segunda parte do livro, um perfil do gestor português. Ter sentido do dever, ter capacidade de entrega e assumir mais responsabilidades do que as que são exigidas são características que, segundo Neves de Almeida, estão presentes na grande maioria dos CEO entrevistados.
Um outro ponto comum aos gestores consultados – que o escritor assegurou terem sido escolhidos por terem progredido dentro da mesma empresa – é o facto de terem estado em empregos onde estão expostos a quem decide. “O seu desempenho era, de uma forma ou de outra, levado ao conhecimento de quem, em última instância, tinha a palavra final sobre o seu futuro”, escreve Nunes de Almeida.
Já para a jornalista Rute Sousa Vasco, há duas conclusões a retirar das entrevistas que realizou aos 23 gestores. Primeiro, há uma posição à qual se pode chegar com muito trabalho – “não só a número um, porque nem toda a gente é feliz a ser o número um”. Depois, nem sempre os momentos decisivos são aqueles em que tudo corre bem.
Há ainda uma nota a retirar do livro, na opinião da escritora: Em Portugal, “temos excelentes gestores”.
Estas são três histórias que a jornalista Rute Sousa Vasco destaca entre as que ouviu para escrever o livro “A sorte dá muito trabalho”, em conjunto com Fernando Neves de Almeida.
Nuno Amado foi um dos gestores que colaborou com o livro. “Ir para CEO foi o segundo passo mais difícil da minha carreira, sendo que o primeiro foi trocar a auditoria pela banca”, afirmou. Ficou por contar uma história. A sua passagem da liderança do Santander para a do BCP.
Outra das curiosidades que se destaca na obra é a quase total ausência de gestoras do leque de entrevistados. Rute Sousa Vasco disse ao Negócios que houve dificuldade em encontrar nomes femininos no topo empresarial. “Não é uma surpresa”, comenta. Ana Paula Moutela, da Zara, e Cláudia Almeida e Silva, da Fnac, são as excepções.
Gestor que partilha experiência com trabalhadores
E o que leva gestores a revelarem a sua história num livro? Por que é que os administradores deixam que os seus funcionários tenham acesso ao seu percurso profissional e pessoal?
“Havia imensas razões para não estar no livro, porque acho que a visibilidade dos líderes é muito exagerada”, é a resposta de António Casanova, CEO da Unilever Portugal (na foto).
Contudo, para Casanova, os líderes não se podem eximir do dever que têm para com as pessoas que consigo trabalham e que querem fazer carreira. Como? “[Passando] mensagens das três ou quatro coisas que acredito serem importantes”, salienta.
“Achei interessante partilhar a experiência que vamos tendo ao longo da vida. Também para ajudar os mais novos a encontrar algumas pistas sobre como é que podem progredir nas carreiras”, considera João Costa, da Matutano.
Para Rute Sousa Vasco, a disponibilidade dos gestores em participar num livro, em que se expõem, em que contam a sua vida, foi “absolutamente extraordinária”.
“Temos excelentes gestores”
O co-autor de “A sorte dá muito trabalho”, Fernando Neves de Almeida, traçou, na segunda parte do livro, um perfil do gestor português. Ter sentido do dever, ter capacidade de entrega e assumir mais responsabilidades do que as que são exigidas são características que, segundo Neves de Almeida, estão presentes na grande maioria dos CEO entrevistados.
Um outro ponto comum aos gestores consultados – que o escritor assegurou terem sido escolhidos por terem progredido dentro da mesma empresa – é o facto de terem estado em empregos onde estão expostos a quem decide. “O seu desempenho era, de uma forma ou de outra, levado ao conhecimento de quem, em última instância, tinha a palavra final sobre o seu futuro”, escreve Nunes de Almeida.
Já para a jornalista Rute Sousa Vasco, há duas conclusões a retirar das entrevistas que realizou aos 23 gestores. Primeiro, há uma posição à qual se pode chegar com muito trabalho – “não só a número um, porque nem toda a gente é feliz a ser o número um”. Depois, nem sempre os momentos decisivos são aqueles em que tudo corre bem.
Há ainda uma nota a retirar do livro, na opinião da escritora: Em Portugal, “temos excelentes gestores”.