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CEO da Greenvolt: "Não ponhamos a culpa toda no Governo"

Para Manso Neto há, em Portugal, um problema de "mentalidade", que faz com que o setor privado seja pouco pró-ativo no que toca às renováveis. A Greenvolt promete contiinuar a expandir-se, não só por cá, mas além-fronteiras.

João Cortesão
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O valor das energias renováveis é "óbvio", afirma João Manso Neto, ainda mais desde o início da guerra, já que são "são amigas do ambiente, baratas e contribuem para a independência energetica". Então por que é que não há mais renováveis em toda a Europa? Para o CEO da portuguesa Greenvolt, mais do que os problemas burocráticos, que considera ultrapassáveis, está em causa uma "questão de mentalidade".

"Não podemos só dizer que o governo tem de fazer melhor. Tem, mas não ponhamos a culpa toda no governo. Temos dificuldade em tomar decisões, é um problema não só do governo mas do setor privado", afirmou, no encerramento da conferência "We Share Energy Summit", organizada em parceria com o Negócios. É o primeiro evento em Portugal dedicado às comunidades de energia, essenciais para a descarbonização da economia e a independência energética.

Manso Neto identificou o licenciamento como uma das maiores dificuldades burocráticas do setor, mas lembra que há outros problemas mais difíceis de resolver, no que toca aos grandes projetos que envolvem energias renováveis: conflitos em torno da biodiversidade, património e saúde, por exemplo. "Esses conflitos existem e não os podemos evitar. Grandes projetos de renováveis vão ter sempre oposição", comentou.

É também por isso que Manso Neto considera que a grande aposta deve ser no setor do consumo próprio, que raramente reúne oposição. E neste segmento a Greenvolt destaca-se: "Se não formos os líderes de mercado, competimos pela liderança".

A empresa conta já com presença em Espanha, onde adquiriu a participação de 42% na Perfecta Energia, que opera no setor das energias renováveis, na venda, instalação e manutenção de painéis de energia solar para autoconsumo de clientes residenciais. "Mas também estamos a trabalhar noutros mercados como Itália e Grécia, para onde esperamos ir", disse.

Para 2023 e 2024, Manso Neto espera um "contínuo crescimento de renováveis", não só em Portugal. "Quando a Comissão Europeia diz que devemos atingir 25% acho que é um resultado exequível até 2030", rematou.
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