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CEO da Fosun: “Portugal é a nossa segunda casa”
Wang Qunbin lembra as cautelas com que chegou a um Portugal em recessão para comprar o BCP, a Fidelidade e a Luz Saúde, elogiando agora o "ambiente político muito estável, mesmo depois da mudança de governo”.
O presidente executivo da Fosun diz que a empresa chinesa está "muito satisfeita com a sua experiência" em Portugal, que diz mesmo ser "a segunda casa" para este grupo privado que tem investido nos últimos anos em vários setores de atividade e países europeus.
"No início do nosso investimento, fomos cautelosos porque foi no período em que a economia portuguesa estava em recessão. Mas, quando conhecemos melhor Portugal, as pessoas e a economia, ficámos muito confiantes", admitiu Wang Qunbin, numa entrevista publicada pelo DN esta segunda-feira, 30 de setembro.
A accionista do banco Millennium BCP e dona da companhia de seguros Fidelidade e do grupo hospitalar Luz Saúde frisa que "Portugal dá estabilidade à Fosun", através de "ativos muito bons" e com "equipas de gestão fortes no país", onde elogia "o ambiente político muito estável, mesmo depois da mudança de governo" e a recuperação da economia,
Além disso, acrescenta o cofundador e atual líder executivo deste grupo com sede em Xangai, tal como acontece com várias outras empresas chinesas, Portugal é visto como "uma porta de entrada para o investimento na Europa" e também para os restantes países de língua portuguesa.
Nesta entrevista, feita antes da declaração de falência da Thomas Cook, que integra a carteira do grupo na área do turismo, tal como o Club Med, Wang Qunbin, 50 anos, defendeu ainda o investimento em seguradoras e empresas privadas de saúde, pois "têm muitas sinergias". "É um modelo que funciona bem e o estudo de caso em Portugal é muito interessante e aprendemos muito", concluiu o gestor.