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CEO da BlackRock antecipa "sombras negras" no mercado e diz que vive em "mundo bipolar"

A persistência de pressões deflacionistas (na expectativa de medidas proteccionistas) e o efeito que o choque fiscal de Trump pode ter no aumento dos salários levam Larry Fink a revelar-se "muito confundido".

A Blackrock, liderada por Laurence Fink, recebe dividendos da EDP, da Galp e da Nos. No total a remuneração obtida pela gestora norte-americana nas cotadas em que tem mais de 2% do capital supera os 43 milhões de euros.
Bloomberg
Negócios 08 de Fevereiro de 2017 às 15:44
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O presidente executivo da maior gestora mundial de activos considera que a actividade empresarial está a registar um período de abrandamento devido à incerteza em torno das políticas da administração norte-americana, que ameaçam criar efeitos opostos.


"Vejo uma série de sombras negras. (…) Os mercados estão, provavelmente, a precipitar-se," afirmou na cimeira Yahoo! Finance All Markets esta quarta-feira, 8 de Fevereiro, Larry Fink, CEO da Blackrock, citado pela Bloomberg e pela Reuters.


Segundo o responsável, vão continuar a existir pressões deflacionistas na economia pelo impacto de eventuais medidas proteccionistas e dos efeitos da tecnologia. Por outro lado, se as medidas de estímulo a implementar pela administração do presidente norte-americano Donald Trump tiverem sucesso no actual ambiente de baixas taxas de desemprego, os salários poderão reflectir esse efeito rapidamente para cima.


"Estou muito confundido. Estamos a viver num mundo bipolar," afirmou Fink, que reconheceu haver uma grande probabilidade de os juros da dívida norte-americana em mercado secundário se manterem abaixo dos 2% "e de termos uma mudança súbita considerável nos mercados", já que só em 2018 é que se espera que o Congresso possa pôr no terreno algumas das medidas da administração Trump.

No final do ano passado a empresa tinha sob gestão activos no valor de 5,1 biliões de dólares (4,76 biliões de euros) entre activos de renda fixa, acções, investimentos alternativos ou imobiliário.


A BlackRock tem estado particularmente activa nos últimos meses em Portugal junto de empresas cotadas no PSI-20, reforçando desde o início do ano na Jerónimo Martins, na Nos e no BCP – onde detém mais de 3% depois do aumento de capital – e desinvestindo nos CTT nos últimos dias.

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