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Central nuclear em Portugal representa investimento de 3,5 mil milhões
Patrick Monteiro de Barros apresentou hoje publicamente o projecto para construir uma central de energia nuclear em Portugal, num investimento estimado em 3,5 mil milhões de euros, que seria totalmente suportado por investidores privados e iria produzir 1
Patrick Monteiro de Barros apresentou hoje publicamente o projecto para construir uma central de energia nuclear em Portugal, num investimento estimado em 3,5 mil milhões de euros, que seria totalmente suportado por investidores privados e iria produzir 1.700 MW.
O empresário português , que foi accionista da Galp e controla actualmente 2% do capital da PT, garante ter muitos interessados neste investimento, mas não quis revelar nomes, acrescentando que só o fará «quando passarem o cheque».
O projecto vai ser apresentado ao Governo e Monteiro de Barros reconhece que a decisão do Executivo será soberana em relação a esta intenção de investimento.
A subida dos preços dos combustíveis ligados à produção de electricidade e a necessidade de tornar a economia portuguesa mais competitiva, foram os argumentos apresentados por Patrick Monteiro de Barros, numa apresentação onde esteve acompanhado por Sampaio Nunes, secretário de estado da Ciência e Inovação do anterior Governo de Santana Lopes.
Este investimento irá induzir a criação de 600 a 700 postos de trabalho directos e terá uma capacidade para produzir 1.700 MW, a maior central do país. O seu processo de construção demorará sete anos a partir da decisão de avançar com o projecto, que segundo o empresário permitirá a Portugal cumprir as metas de Quioto em matéria de redução de emissões.
Questionado sobre a possível localização, Monteiro de Barros diz que há várias possibilidades que estão em estudo e que o critério de decisão será técnico. A proximidade de água e a disponibilidade de ligação à rede eléctrica são dois critérios fundamentais para esta decisão.
No início dos anos 80 Portugal chegou a estudar a construção de uma central nuclear em Ferrel, uma localidade na zona de Peniche, que foi abandonada na altura.