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Carga nos portos portugueses afunda 7,5% no início de 2018

A acentuada descida homóloga de movimentação no Porto de Sines, que vale agora menos de metade do total, anulou os crescimentos em Leixões e Aveiro, que registaram as melhores marcas de sempre num mês de Janeiro.

Bruno Simão
19 de Março de 2018 às 12:07
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Os portos comerciais de Portugal Continental movimentaram um volume de carga de 7,7 milhões de toneladas em Janeiro de 2018, o que representa um decréscimo de 7,5% em relação ao período homólogo, em que tinha registado o valor mais elevado de sempre no primeiro mês do ano.

 

Segundo os dados divulgados esta segunda-feira, 19 de Março, pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), esta descida foi "determinada fundamentalmente pelo porto de Sines, que comparativamente ao volume registado em Janeiro de 2017, movimentou menos 878,3 mil toneladas, correspondente a uma variação negativa de -18,8%". Aliás, com estes resultados o maior porto nacional perdeu a "quota maioritária absoluta", fixada agora em 49,2%.

 

Os portos de Setúbal e Faro também registaram uma quebra homóloga, caindo 3,6% e 45,8%, respectivamente. Em sentido inverso, o volume de carga movimentada aumentou nos portos de Leixões (2,1%) e de Aveiro (43%) – ambos registaram a melhor marca de sempre num mês de Janeiro –, na Figueira da Foz (36,4%), em Lisboa (3,1%) e em Viana do Castelo (55,2%).

 

Em termos sectoriais, a mesma fonte destaca em comunicado à imprensa que, para este desempenho global negativo, contribuiu "o comportamento dos mercados da carga contentorizada em Sines, que registou uma quebra de 22,8% (-480 mil toneladas), o dos produtos petrolíferos, petróleo bruto e carvão que, também em Sines, registaram quebras de 14,1% (os dois primeiros) e 22,% (o último), e ainda o dos minérios em Leixões, que perdeu 66%".

 

Apesar de insuficientes para inverter o comportamento homólogo em Janeiro, os mercados do petróleo bruto em Leixões (+38,9%) e dos produtos agrícolas em Aveiro e em Lisboa, com crescimentos de +139,4% e +27%, respectivamente, foram os que tiveram influência mais positiva, com a AMT a destacar ainda o papel da rubrica "outros granéis sólidos" na Figueira da Foz e também dos produtos petrolíferos de Aveiro e Lisboa.

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