Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Economia arranca o ano com quase o triplo do défice corrente e de capital

A balança comercial também iniciou o ano no vermelho. A melhoria nos serviços, à boleia das viagens e turismo, não chegou para compensar as perdas dos bens.

Bruno Simão
Margarida Peixoto margaridapeixoto@negocios.pt 20 de Março de 2018 às 11:55
Em Janeiro, a economia nacional registou um défice das balanças corrente e de capital de 482 milhões de euros, revelou esta terça-feira, 20 de Março, o Banco de Portugal. Este valor, que corresponde ao saldo das trocas de Portugal com o exterior, é quase o triplo (2,7 vezes mais) do que se registava no mesmo mês de 2017.

O saldo das balanças corrente e de capital – que inclui, por exemplo, a balança comercial, mas também a balança financeira, nomeadamente, o investimento directo – degradou-se 306 milhões de euros em Janeiro. Como explica o Banco de Portugal, "para esta evolução contribuíram todas as componentes da balança corrente e de capital, com excepção das balanças de serviços e de rendimento secundário."

Por exemplo, a balança comercial acentuou o comportamento negativo. O défice quase duplicou em Janeiro de 2018, quando comparado com Janeiro de 2017: passou de 234 milhões de euros, para 417 milhões de euros. A explicar esta evolução esteve o comércio internacional de bens, cujo défice se reforçou em 268 milhões de euros.

Já o comércio de serviços teve um contributo inverso. O excedente cresceu 85 milhões de euros, mas não chegou para compensar as perdas nos bens. Os números permitem identificar um contributo determinante (na ordem dos 102 milhões de euros) da rubrica de viagens e turismo, conforme nota o banco central.

Tal como o Negócios já tinha noticiado, no conjunto de 2017 esta tendência de uma balança de serviços a melhorar, mas a um ritmo insuficiente para compensar a degradação da balança de bens, foi evidente. No ano passado, o excedente comercial encolheu.

Em janeiro deste ano, a outra excepção ao vermelho foi a balança de rendimento secundário. Aqui estão, por exemplo, as remessas de emigrantes, que subiram sete milhões de euros, para 226 milhões.
Ver comentários
Saber mais Défice comercial comércio balança de pagamentos exportações importações bens serviços
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio