Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, revelou que o Executivo aprovou, em Conselho de Ministros, a admissão à próxima fase de privatização da ANA de cinco consórcios: Blink, que é constituído pelos colombianos Ondisa e a portuguesa Mota-Engil, Eama, constituído pela Corporación América e alguns parceiros portugueses, os alemães da Fraport, os franceses da Vinci e a gestora do aeroporto de Zurique, a Flughafen Zurich.

Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro, revelou que “o múltiplo de EBITDA é muito significativo. Estamos a falar de 12/13 vezes o valor do EBITDA da empresa. É um valor muito interessante”, afirmou durante a conferência de imprensa.

O EBITDA da ANA ascendeu a 199,8 milhões de euros, em 2011. O que significa que as propostas rondam os 2,39 e os 2,59 mil milhões de euros.

A responsável adiantou que, no início do processo foram contactados 54 potenciais investidores, tendo 33 assinado acordos de confidencialidade e posteriormente recebido informação sobre a empresa. No final, foram entregues oito propostas não vinculativas, que envolvem 23 entidades.

Maria Luís Albuquerque diz que as propostas geram uma “expectativa de encaixe muito relevante” em termos de contas públicas. Mas, salientou, que a selecção dos interessados teve como enfoque, não só o preço, como também a análise do projecto estratégico para a empresa. “As propostas seleccionadas coincidem com as que apresentaram os melhores preços”, acrescentou.

A secretária de Estado adiantou também que o Governo mantém a intenção de “tomar a decisão [sobre o vencedor da corrida à privatização da ANA] até ao final do ano” e de concluir “a operação financeira no início do próximo ano”.

(Notícia actualizada às 13h10 com mais detalhes)