Notícia
Câmara de Beja defende ampliação do aeroporto local para apoiar Lisboa
O Aeroporto de Beja pode receber muitos mais voos de passageiros e apoiar Lisboa, enquanto o novo aeroporto não ficar concluído, defende o presidente da câmara de Beja. Será preciso, contudo, ampliar a placa de estacionamento e a aerogare.
18 de Maio de 2024 às 12:03
O presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, defendeu este sábado serem necessárias obras de ampliação do aeroporto local, para que este possa apoiar Lisboa e receber mais voos, até estar pronto o futuro Aeroporto Luís de Camões.
Questionado pela agência Lusa sobre o anúncio do Governo de aprovar a construção do novo aeroporto da região de Lisboa (NAL) no Campo de Tiro de Alcochete, o autarca de Beja defendeu que esta decisão é uma oportunidade para obras na infraestrutura aeroportuária alentejana.
"Se, nos próximos anos, o Governo e a Vinci [proprietária da ANA - Aeroportos de Portugal] avançarem para a ampliação da placa de estacionamento e da aerogare, o Aeroporto de Beja pode receber muitos mais voos de passageiros", defendeu.
E este acréscimo do número de voos de passageiros, a existirem as obras de ampliação, seria válido para "os próximos anos e até [para] depois do aeroporto em Alcochete estar construído", sublinhou o autarca.
Segundo o eleito, "o Aeroporto de Beja tem uma vocação iminentemente industrial e comercial, mas pode servir também alguns voos civis" e apoiar o atual Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
No entanto, frisou, a placa de estacionamento da infraestrutura "é relativamente pequena" e "tem voos 'VIP/premium' permanentemente estacionados, assim como aeronaves que vão entrar no hangar de reparação da [empresa de manutenção aeronáutica] MESA".
A par disso, a aerogare "tem uma capacidade de processamento de apenas 250 passageiros por hora de entrada e de 250 passageiros de saída".
Ou seja, atualmente, com o Aeroporto de Beja "a funcionar na sua capacidade máxima", só há a possibilidade de "apenas um avião descolar e outro aterrar, por hora", observou.
Para Paulo Arsénio, "seria importante que o concessionário", a ANA, "ampliasse a placa de estacionamento e que a aerogare também fosse ampliada".
Sobre a localização do futuro aeroporto, o presidente da Câmara de Beja frisou não ter "qualquer comentário" a fazer, até porque a opção recaiu naquela que foi a conclusão da Comissão Técnica Independente (CTI).
O Governo "optou por escolher Alcochete e legitimamente o fez. Provavelmente, seria o que qualquer outro governo da República de qualquer outro partido faria, em função do aprofundado estudo de todas as localizações [que foi efetuado] para acolher a alternativa ao aeroporto principal de Lisboa", disse.
Na terça-feira, o primeiro-ministro, o social-democrata Luís Montenegro, anunciou a aprovação da construção do NAL no Campo de Tiro de Alcochete, com a denominação Aeroporto Luís de Camões, com vista à substituição integral do Aeroporto Humberto Delgado.
O Campo de Tiro da Força Aérea, também conhecido como Campo de Tiro de Alcochete (pela proximidade deste núcleo urbano), fica maioritariamente localizado na freguesia de Samora Correia, no concelho de Benavente (distrito de Santarém), tendo ainda uma pequena parte na freguesia de Canha, já no município do Montijo (distrito de Setúbal).
Questionado pela agência Lusa sobre o anúncio do Governo de aprovar a construção do novo aeroporto da região de Lisboa (NAL) no Campo de Tiro de Alcochete, o autarca de Beja defendeu que esta decisão é uma oportunidade para obras na infraestrutura aeroportuária alentejana.
E este acréscimo do número de voos de passageiros, a existirem as obras de ampliação, seria válido para "os próximos anos e até [para] depois do aeroporto em Alcochete estar construído", sublinhou o autarca.
Segundo o eleito, "o Aeroporto de Beja tem uma vocação iminentemente industrial e comercial, mas pode servir também alguns voos civis" e apoiar o atual Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
No entanto, frisou, a placa de estacionamento da infraestrutura "é relativamente pequena" e "tem voos 'VIP/premium' permanentemente estacionados, assim como aeronaves que vão entrar no hangar de reparação da [empresa de manutenção aeronáutica] MESA".
A par disso, a aerogare "tem uma capacidade de processamento de apenas 250 passageiros por hora de entrada e de 250 passageiros de saída".
Ou seja, atualmente, com o Aeroporto de Beja "a funcionar na sua capacidade máxima", só há a possibilidade de "apenas um avião descolar e outro aterrar, por hora", observou.
Para Paulo Arsénio, "seria importante que o concessionário", a ANA, "ampliasse a placa de estacionamento e que a aerogare também fosse ampliada".
Sobre a localização do futuro aeroporto, o presidente da Câmara de Beja frisou não ter "qualquer comentário" a fazer, até porque a opção recaiu naquela que foi a conclusão da Comissão Técnica Independente (CTI).
O Governo "optou por escolher Alcochete e legitimamente o fez. Provavelmente, seria o que qualquer outro governo da República de qualquer outro partido faria, em função do aprofundado estudo de todas as localizações [que foi efetuado] para acolher a alternativa ao aeroporto principal de Lisboa", disse.
Na terça-feira, o primeiro-ministro, o social-democrata Luís Montenegro, anunciou a aprovação da construção do NAL no Campo de Tiro de Alcochete, com a denominação Aeroporto Luís de Camões, com vista à substituição integral do Aeroporto Humberto Delgado.
O Campo de Tiro da Força Aérea, também conhecido como Campo de Tiro de Alcochete (pela proximidade deste núcleo urbano), fica maioritariamente localizado na freguesia de Samora Correia, no concelho de Benavente (distrito de Santarém), tendo ainda uma pequena parte na freguesia de Canha, já no município do Montijo (distrito de Setúbal).