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Caldeira elétrica produz “pneus neutros” da Continental em Famalicão

Até este ano, o gás natural era a única fonte de energia para a vulcanização de pneus da Continental Mabor, a maior fábrica do mundo de produção neste setor da gigante alemã, que emprega 2.706 trabalhadores em Famalicão.

16 de Maio de 2024 às 15:00
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A viagem até chegar à neutralidade carbónica em 2040 na produção de pneus segue a todo o vapor na fábrica de Lousado, em Famalicão, mas agora com auxílio de fontes elétricas. A maior unidade fabril a nível mundial da alemã Continental, com capacidade de produção anual de quase 19 milhões de pneus, anunciou que, desde este ano, a vulcanização dos pneus é gerada com auxílio de uma caldeira elétrica. 

Grande parte da energia consumida pela Continental Mabor serve para gerar vapor, necessário no aquecimento dos pneus (a vulcanização), e a única fonte até então utilizada era o gás natural. A empresa continuará ainda a usufruir das antigas caldeiras a gás, para "reagir de forma flexível à disponibilidade flutuante de energias renováveis e a outros fatores ambientais", sustentou a Continental, em comunicado.  

"A nova caldeira elétrica a vapor converte energia solar e outra eletricidade verde em vapor quase sem perdas. A água é bombeada da parte inferior da caldeira para o topo, onde é pulverizada nos eletrodos. A corrente elétrica flui através dos jatos de água e cria calor dentro da água até que ela evapore em vapor", garantiu a gigante alemã. 

Por cá, a empresa famalicense com 2.706 trabalhadores utiliza energia solar autogerada, através dos painéis solares instalados em Lousado em 2021, e eletricidade renovável da rede elétrica para a geração de vapor, que transforma a borracha em bruto num material flexível e elástico para moldar os pneus. 

A nova instalação elétrica é um dos vários projetos de sustentabilidade que a Continental está a desenvolver em todas as suas unidades. O objetivo é que em 2040, "o mais tardar", todas as unidades de fabrico de pneus da gigante alemã, espalhada por 16 países e 20 centros de operações, atinja a produção neutra em CO2.  

"A nossa unidade em Lousado beneficia do facto de o sol brilhar frequentemente (média de sete horas por dia no verão e quatro horas no inverno). Isto permite-nos alcançar um processo de produção de pneus totalmente eletrificados e neutros em CO2 sempre que possível", considerou Pedro Carreira, responsável pela fábrica da Continental Tires em Lousado. 

A unidade de produção de pneus da Continental quer, até 2030, reduzir o consumo de energia em 20% em relação a 2018. No último ano, esta divisão reduziu as necessidades anuais de energia "num total de cerca de 150 gigawatts-hora, graças a 160 projetos de poupança", através, por exemplo, do isolamento térmico, afiançaram, o que equivale "ao fornecimento médio anual de eletricidade de 12.500 residências unifamiliares".

*Texto editado por Inês Santinhos Gonçalves

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