O BPI está a negociar com o Grupo José de Mello a venda da sua participação directa no capital da Brisa, que ascende a 5,72%, o que permitiria a este último consolidar a sua posição de maior accionista da concessionária de auto-estradas, noticiou o «Público».

Aos preços de mercado actuais, a venda da referida posição poderia permitir ao BPI [BPIN] um encaixe de 177 milhões de euros (35,4 milhões de contos), tendo em conta os preços de fecho na sessão de ontem, com uma mais-valia potencial na ordem dos 17 milhões de euros (3,4 milhões de contos).

Caso se venha a confirmar o negócio, o BPI continuaria representado indirectamente no capital da Brisa [BRISA], através de uma posição de 4,2% em fundos por si controlados.

O Grupo José de Mello, que controla 11,2% do capital da Brisa, directa e indirectamente, admitiu recentemente a intenção de reforçar a presença no capital da empresa até aos 20%, afastando, no entanto, a hipótese de avançar com uma oferta pública de aquisição (OPA), segundo adiantou Pedro de Mello, vice-presidente do grupo, ao Negocios.pt.

Os accionistas da Brisa [BRISA] aprovaram, em assembleia geral (AG) realizada a 10 de Setembro, a desblindagem dos estatutos da empresa, permitindo aos accionistas exercerem os direitos de voto sobre posições superiores a 5% do capital.

As acções da Brisa abriram a perder 0,19% para os 10,35 euros (2.075 escudos), enquanto o BPI ganhava 0,97% para os 2,09 euros (419 escudos).