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Ouro brilha como nunca e ultrapassa a fasquia dos 2.700 dólares

O adensar do conflito no Médio Oriente, com a morte do líder máximo do Hamas, está a fazer com que os investidores apostem no ouro como um ativo-refúgio. A incerteza política nos EUA continua a dar ímpeto aos preços deste metal precioso, numa altura em que a economia não dá sinais de enfraquecimento.

Reuters
18 de Outubro de 2024 às 09:33
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O ouro está a brilhar como nunca e ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia dos 2.700 dólares por onça, com os investidores a apostarem em ativos-refúgio com o escalar das tensões no Médio Oriente. A incerteza política em relação aos resultados das eleições dos EUA, que se aproximam a todo o gás, continua a dar ímpeto ao ouro no mercado internacional.

Os preços deste metal precioso chegaram a valorizar 0,7% esta manhã, altura em que atingiu máximos históricos de 2.711,99 dólares por onça -  muito acima do recorde registado de 2.694,79 dólares na sessão de quinta-feira. No acumulado do ano, o ouro já avançou mais de 30% e é mesmo uma das "commodities" que regista melhor desempenho em 2024.

Os investidores estão bastante atentos aos conflitos que têm assolado o Médio Oriente no último ano. As tensões não parecem estar a esfriar e, esta quinta-feira, Israel anunciou que conseguiu matar o líder supremo do Hamas, Yahya Sinwar, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Sinwar foi o arquiteto dos ataques de 7 de outubro do grupo palestiniano contra o sul de Israel, que espoletaram um adensar de um conflito histórico entre as duas partes.

Apesar de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter aproveitado o momento para pedir um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, o primeiro ministro israelita afirmou que as operações militares em Gaza "ainda estão por completar" – indicando uma extensão do conflito, até todos os reféns capturados pelo Hamas terem sido recuperados.

Os "traders" encontram-se ainda a reavaliar os seus portefólios de investimentos, à medida que as eleições norte-americanas de 5 de novembro se aproximam. As sondagens mostram uma corrida cada vez mais renhida, com Donald Trump a conseguir alguma vantagem em estados chave para conquistar a Casa Branca.

Com ambos os candidatos a representarem diferentes riscos para a economia norte-americana, os investidores estão a apostar no ouro como um ativo-refúgio, e é provável que o metal precioso continue a beneficiar desta incerteza política nos próximos dias.

Estas duas grandes variáveis estão a ofuscar os mais recentes dados económicos divulgados nos EUA esta quinta-feira, que mostraram um aumento das vendas a retalho em setembro e uma queda inesperada nos pedidos de subsídio de desemprego no país. Estes dados retiram força aos argumentos de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana tem de continuar a reduzir as taxas de juro de forma agressiva, uma vez que a economia parece estar longe de uma recessão.

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