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BPI diz possível multa na Polónia "negativa" para a JM

Os analistas do BPI vêem como "negativo" para a Jerónimo Martins o impacto da aplicação de uma eventual multa pela autoridade da concorrência polaca por falta de informação no processo de compra dos activos da Plus naquele país.

15 de Setembro de 2008 às 18:31
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Os analistas do BPI vêem como "negativo" para a Jerónimo Martins o impacto da aplicação de uma eventual multa pela autoridade da concorrência polaca por falta de informação no processo de compra dos activos da Plus naquele país.

No “Iberian Daily” de hoje os analistas do BPI recordam que no passado sábado o jornal “Público” avançou que o grupo Jerónimo Martins poderá ter de pagar uma multa até 50 milhões de euros à autoridade de concorrência e defesa do consumidor da Polónia (UOKiK) por não ter informado atempadamente sobre a aquisição de uma loja da cadeia alemã Plus, grupo com o qual acordou igualmente a compra de outras 210 unidades naquele mercado, no final de 2007.

Contactada, fonte oficial da JM escusou-se a adiantar mais informação sobre a matéria, defendendo contudo que o grupo “está empenhadíssimo em resolver esta questão processual”, esforço em que aplicará “todos os esforços possíveis e imagináveis”, reforçando que a actuação da “holding” “sempre se pautou pela transparência” em todos os mercados onde actua.

Eduardo Coelho, Joaquin Garcia-Romanillos, Manuel Coelho, José Rito, Ana Oliveira, João Safara Silva, que subscrevem a avaliação, consideram então que a notícia tem um impacto “negativo”. Primeiro, explicam os analistas do BPI, porque pode “adiar ainda mais a autorização do regulador da aquisição das lojas Plus e/ou impor mais remédios” à operação. Em segundo lugar, “representa uma penalização que atinge [ou pode atingir, no limite máximo da multa possível] 1% da actual capitalização bolsista.

Apesar disso os mesmos analistas continuam a “acreditar” que a “JM irá garantir a aquisição, uma vez que o total da sua quota de mercado do retalho polaco é de apenas 7%”.

Ucrânia será o próximo destino

Em comentário paralelo, os mesmos analistas consideram “neutral” a informação de que a JM irá expandir em 2009 para a Ucrânia, Roménia e/ou Rússia, intenção reafirmada recentemente por Pedro Pereira da Silva, director da Biedronka, rede polaca da JM na Polónia.

O que os autores do “Iberian Daily” salientam contudo é que acreditam que a Ucrânia “é o mercado mais provável”, uma vez que: ainda tem um peso muito grande de formatos tradicionais de retalho; “não tem presença de nenhum grande operador de retalho, incluindo no “hard discount”; e tem “um potencial macroeconómico significativo”. Os analistas recordam que a Polónia e a Ucrânia irão ser ambas anfitriãs dos Campeonato europeus de futebol em 2012.

A recomendação continua a ser de “acumular” e o preço-alvo de 7,3 euros, o que compara com um preço de fecho de 5,834 euros (recuou 0,56% face a sexta-feira passada).

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