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BES parece estar com “muito, muito medo de nós”

O presidente do BPI disse em "conference call" que o BES foi o responsável pela fusão fracassada com o BPI. "Mas o que temos visto nos últimos tempos, diria no último mês, é medo", disse o CEO. Fernando Ulrich, adepto do Sporting, disse que não gosta da e

26 de Outubro de 2007 às 15:36
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O presidente do BPI disse em "conference call" que o BES foi o responsável pela fusão fracassada com o BPI. "Mas o que temos visto nos últimos tempos, diria no último mês, é medo", disse o CEO. Fernando Ulrich, adepto do Sporting, disse que não gosta da expressão campeões nacionais, só no desporto "quando o meu clube ganha, mas isso não acontece muito frequentemente".

Na "conference call" com analistas, o presidente do Banco BPI [BPIN] disse não gostar da expressão de campeão nacional e rejeitou qualquer aproximação ao Banco Espírito Santo (BES) [BESNN], mesmo que a fusão proposta com o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] venha a falhar.

No encontro, questionado por um analista do Barclays sobre a intenção de criar um campeão nacional, através de uma fusão entre o Banco Millennium BPI e, eventualmente, o BES, Fernando Ulrich responde:

"Pessoalmente, eu não gosto muito da expressão, e acho que nunca usei a expressão de campeão português. Se a usei, peço desculpas. Não gosto muito desta ideia neste aspecto. Talvez no desporto eu goste desta expressão quando o meu clube ganha, mas isso não acontece muito frequentemente".

"Mas aqui [neste contexto], não gosto muito [da expressão]. Eu gosto de ter um banco como a fusão que estamos a fazer em Portugal, com fortes accionistas portugueses, combinado com ‘players’ internacionais".

"E é claro que gostamos de ter uma posição forte no mercado doméstico, o que nos permite ser mais fortes aqui e ter músculos para expandir internacionalmente".

"Não posso comentar sobre o BES. Não sei o que o BES vai fazer".

O analista do Barclays volta a insistir: Mas se a fusão com o BCP falhar admite uma fusão com outros "players"?

"Penso que é difícil porque não há muitos ‘players’ em Portugal onde isso é possível. O Santander tem a sua própria estratégia e o BES parece que tem medo de nós. Medo não é um bom sentimento para justificar alianças. Tentámos isso no passado, eles decidiram matá-la no último momento, quando os nosso accionistas já tinham assinado o acordo. Eles decidiram saltar do acordo e nós respeitamos a decisão. Cada um tem a sua própria liberdade".

"Mas o que temos visto nos últimos tempos, diria no último mês, é medo. Porque no ano passado, na OPA, o CEO do BES disse que seria fantástico e muito bom para eles, porque eles iriam ganhar quota de mercado e muitos clientes do BPI/BCP. Agora ele parece estar com muito, muito medo se nós tivermos sucesso a concretizar este negócio".

"E isto é um grande elogio para nós, porque significa que numa fusão organizada e construtiva, onde nós temos alguma influência, ele tem medo. Ele tem medo do que isso possa significar para a sua posição competitiva em Portugal. E penso que a sua análise é muito correcta porque nós vamos fazer a sua vida muito mais difícil do que é no presente".

"Mas com este tipo de comentários e face ao que aconteceu há seis anos, em que ele matou o negócio, penso que isso é muito, muito difícil", conclui Ulrich.

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