O banco de investimento norte-americano acusou o facto de ter sido umas das instituições mais expostas à crise do mercado hipotecário de alto-risco (‘subprime’) nos EUA e registou, no terceiro trimestre, uma quebra de 61% nos seus resultados líquidos para 171 milhões de dólares (122 milhões de euros). Esta queda nos lucros trimestrais é a maior desde 1998.

As receitas provenientes da venda de activos de taxa fixa e de corretagem caiu 88%, face às condições de mercado extremamente adversas. Esta queda superou a de qualquer outro banco norte-americano.

"O Bear Stearns é o banco em pior forma em Wall Street porque era o que tinha a maior exposição à taxa fixa e o menor aos mercados internacionais. E a confiança deles no mercado hipotecário não vai ajudar a recuperar pois o mercado continua a cair", explicou um analista da Standard & Poor’s à agência Bloomberg.

Recorde-se que o Bear Stearns foi dos primeiros bancos de investimento a acusar a crise nos mercados, quando teve de pedir vários mil milhões de dólares de empréstimo para salvar dois "hedge funds" que estavam a cair a pique, pois investiam essencialmente no mercado de dívida de alto risco.

As acções do Bear Stearns estão a cair 0,99% para os 114,50 dólares.