Notícia
BCP ganha 1,77 mil milhões desde a proposta de alteração estatutária
O BCP valorizava hoje mais de 2%. Desde o dia 27 de Abril, altura em que o banco publicou a proposta para alteração dos estatutos, a capitalização bolsista aumentou em 1,77 mil milhões. A expectativa dos investidores é que os accionistas chumbem o ponto 8
O BCP valorizava hoje mais de 2%. Desde o dia 27 de Abril, altura em que o banco publicou a proposta para alteração dos estatutos, a capitalização bolsista aumentou em 1,77 mil milhões. A expectativa dos investidores é que os accionistas chumbem o ponto 8 da ordem de trabalho, o mais polémico a ser discutido hoje no Palácio da Bolsa.
As acções do Banco Comercial Português (BCP) [BCP] valorizavam um máximo de 2,92% para os 3,52 euros, níveis de Maio de 2002.
Após a valorização de hoje e das últimas semanas, o mercado está a avaliar a instituição bancária em 12,7 mil milhões de euros.
A subida das acções começou com o fim da oferta pública de aquisição (OPA) sobre o Banco BPI [BPI] e intensificou-se a 27 de Abril, quando o banco publicou junto da CMVM as propostas de alterações estatutárias a serem discutidas na assembleia geral (AG) que se realiza hoje no Palácio da Bolsa, na cidade do Porto.
Desde essa data, as acções do banco já valorizaram 16%, o que representa um ganho de 1,77 mil milhões em capitalização bolsista.
O ponto 8 da discórdia
Na AG ordinária de hoje, os accionistas do BCP vão deliberar sobre as contas de 2006, mas também vão votar a proposta apresentada pelo Conselho Geral e de Supervisão, presidido por Jardim Gonçalves.
O fundador do maior banco privado nacional propõe aos accionistas que aumentem de 66,67% para 75%, o limite de votos necessários para desblindar os estatutos, nomeadamente a limitação da contagem dos votos emitido por um único accionista a 10%.
Além disso, o órgão de supervisão quer nomear directamente o conselho de administração executivo. Até agora este último órgão, presidido por Paulo Teixeira Pinto, era escolhido pelos votos dos accionistas em AG.
Na edição deste fim-de-semana, o "Expresso" dizia que o presidente executivo do BCP está contra a alteração dos estatutos do banco proposta pelo fundador. Segundo o jornal, quando Jardim Gonçalves apresentou a proposta, o CEO reagiu de imediato, pronunciando-se veementemente contra.
Existe um grupo de accionistas, entre os quais João Rendeiro e Joe Berardo, que já se mostrou disponível para chumbar estes dois itens mais polémicos do ponto 8 da ordem de trabalhos.
Na edição de hoje, o "Diário Económico" também avança que João Pereira Coutinho, accionista individual do BCP desde 1999, está contra a alteração de estatutos.
A AG do BCP está agendada para hoje, às 15h30. As acções do banco seguem em alta de 2,05% para os 3,49 euros.