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Lucro da Mota-Engil sobe mais de 50% para 77 milhões até setembro

A construtora registou também um aumento do volume de negócios de 3% nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo, enquanto a carteira de encomendas alcançou quase 14.800 milhões - um valor recorde para a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos.

João Cortesão
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A Mota-Engil alcançou um lucro líquido de 77 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 51% em termos homólogos, informou a empresa esta terça-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A construtora liderada por Carlos Mota dos Santos refere ainda que o volume de negócios alcançou os 4.146 milhões, uma subida de 3% contra o mesmo período do ano passado, em que se situou nos 4.015 milhões.  

 

Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) registaram um "crescimento robusto" de 11% para 609 milhões, assinala a empresa, conduzindo a uma melhoria da rendibilidade de um ponto percentual em termos homólogos para 15%.

Já a carteira de encomendas aumentou para 14.764 milhões, uma subida de 14% desde o início do ano, o que representa um valor recorde, destaca a Mota-Engil.  

O aumento das encomendas em carteira foi impulsionado "pela adjudicação de projetos de grande dimensão nos mercados principais", com o México a ter um peso de 23%, seguido por Angola com 22% e a Nigéria com 15%, refere o comunicado.

A empresa lembra que a "carteira de encomendas não inclui ainda o contrato para o primeiro troço do comboio de alta velocidade (Porto-Oiã) em Portugal, nem os contratos de Engenharia Industrial na Costa do Marfim, Mali e Etiópia assinados com a Allied Gold".

Por setor, a Mota-Engil refere que a Engenharia  & Construção apresentou um aumento do volume de negócios de 4% para 3.675 milhões, "influenciado principalmente pela performance da América Latina, enquanto que a Europa foi impactada pela redução da atividade na Polónia".

Por sua vez, a Engenharia Industrial, com oito projetos em execução, apresentou um volume de negócios de 283 milhões, um aumento de 4% em termos homólogos e "com uma margem robusta de 30%".

Pelo lado negativo, a área do Ambiente registou uma queda de 10% no volume de negócios, para 405 milhões, "mas com uma rendibilidade sólida de 21%", impactado "pela desconsolidação, em 2024, do negócio dos óleos industriais, alienado em 2023".

 

Quanto ao "guidance", a empresa refere o "crescimento do volume de negócios no bom caminho para atingir o objetivo de 2026", vendo também a "margem EBITDA a melhorar gradualmente até ao objetivo de 2026".       

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