Notícia
Excedente externo da economia portuguesa sobe para 3,9% do PIB até ao terceiro trimestre
Até setembro, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 8,2 mil milhões, o que corresponde a 3,9% do PIB. Valor é superior aos 4,7 mil milhões de igual período homólogo. Aumento é explicado pela melhoria do saldo comercial, nos bens e serviços.
O excedente externo da economia portuguesa subiu para 3,9% do produto interno bruto (PIB) até ao final do terceiro trimestre, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Até setembro de 2024, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 8,2 mil milhões de euros.
"Até setembro de 2024, o excedente das balanças corrente e de capital foi de 8.180 milhões de euros, um valor superior aos 4.689 mil milhões de euros registados em igual período de 2023", indica o BdP. Esse aumento é justificado sobretudo pela diminuição do défice da balança de bens e pelo aumento do excedente da balança de serviços.
No caso da balança de bens, a balança manteve-se deficitária, mas o défice registado nos primeiros nove meses deste ano diminuiu em 712 milhões de euros, "com as exportações de bens a aumentarem e as importações a diminuírem". As exportações aumentarem 1,2% (697 milhões de euros) até setembro e as importações a diminuíram ligeiramente 15 milhões de euros.
Já o excedente da balança de serviços aumentou em 1.798 milhões de euros, "tendo a evolução do saldo de viagens e turismo (+1.494 milhões de euros) e do saldo dos serviços de transporte (+211 milhões de euros) justificado grande parte desta variação".
Além disso, verificou-se uma diminuição no défice da balança de rendimento primário, de 949 milhões de euros, "influenciada por uma maior atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios (+945 milhões de euros)". Houve ainda um aumento do excedente da balança de rendimento secundário, de 358 milhões de euros, "fruto, em grande medida, dos recebimentos dos prémios do Euromilhões".
O BdP informa ainda que, até setembro, houve uma diminuição do excedente da balança de capital, de 325 milhões de euros, "explicado, sobretudo, pela menor atribuição a beneficiários finais de fundos da União Europeia com vista ao investimento".
Considerando apenas o mês de setembro, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 1.278 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 625 milhões face a igual mês do ano passado. Para esse aumento, contribuíram uma melhoria na balança de bens e serviços, cujo excedente comercial aumentou, em termos homólogos, 742 milhões de euros.