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Excedente externo da economia sobe para 6,9 mil milhões até agosto

Aumento do excedente externo da economia portuguesa é explicado sobretudo pela diminuição do défice da balança de bens e pelo aumento do excedente da balança de serviços, com destaque para as viagens e turismo. Balança financeira foi positiva em 7,2 mil milhões.

Portugal tinha, no final do ano passado, 10,64 milhões de habitantes, segundo estimativas do INE, o valor mais alto desde pelo menos 1900.
Miguel Baltazar
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A economia portuguesa teve um excedente externo de 6,9 mil milhões de euros até agosto, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). A subida é explicada sobretudo pela diminuição do défice da balança de bens e pelo aumento do excedente da balança de serviços, com destaque para as viagens e turismo.
"Até agosto de 2024, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 6,9 mil milhões de euros, que compara com um excedente de 4,0 mil milhões de euros no período homólogo", indica o BdP. Considerando apenas o mês de agosto, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 1.580 milhões de euros, o que corresponde a "uma diminuição de 47 milhões de euros relativamente ao mesmo mês de 2023". 
Para o excedente acumulado até agosto, contribuiu uma diminuição de 281 milhões de euros no défice da balança de bens, explicada por um aumento de 277 milhões nas exportações. Ao mesmo tempo, o excedente da balança de serviços teve um aumento de 1543 milhões de euros, justificado sobretudo pelo "aumento de 1284 milhões de euros do saldo de viagens e turismo".
Por outro lado, o défice da balança de rendimento primário diminuiu 940 milhões, "devido, principalmente, à maior atribuição aos beneficiários finais de fundos recebidos da União Europeia (UE) na forma de subsídios". Já a balança de rendimento secundário, aumentou o seu excendente em 308 milhões, refletindo "o recebimento do maior prémio de sempre do Euromilhões em Portugal, em junho, e a redução da contribuição de Portugal para o orçamento da UE".
Por outro lado, o excedente da balança de capital encolheu 188 milhões. Esse recuo é justificado, principalmente, pela "a diminuição mais acentuada dos recebimentos do que dos pagamentos ao exterior relativos a ativos não produzidos não financeiros, nos quais se incluem as licenças de emissão de carbono e os passes de atletas".
Já a capacidade de financiamento da economia portuguesa nos primeiros oito meses deste ano traduziu-se num saldo da balança financeira de 7,2 mil milhões de euros.
O maior contributo para essa variação positiva dos ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo foi dado pelo banco central (7.199 milhões), seguido pelas outras instituições financeiras monetárias (2.156 milhões), os particulares (1.452 milhões), as sociedades de seguros e fundos de pensões (984 milhões de euros) e as instituições financeiras não monetárias exceto sociedades de seguros e fundos de pensões (627 milhões de euros).
(notícia atualizada às 11:41)
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