O BCP diz que o Conselho Geral e de Supervisão decidiu retirar o ponto mais polémico da ordem de trabalhos, "com vista a evitar o clima de cansaço", no seio dos accionistas. O BCP diz, entretanto, que o ponto 8 vai ser discutido numa assembleia-geral posterior, ou seja, Jardim Gonçalves não desiste de alterar os estatutos.

Num comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] diz que estiveram representados na assembleia-geral (AG) de hoje 64% dos seus accionistas.

Na AG, todos os pontos na ordem de trabalhos foram aprovados, à excepção do ponto 8, que visava deliberar sobre as alterações dos estatutos do banco.

No comunicado enviado ao regulador, o BCP explica porque é o ponto 8 saltou da ordem de trabalhos.

"Antes da votação do ponto 4 verificou-se a impossibilidade de, face ao adiantado da hora, discutir a totalidade dos pontos da ordem de trabalhos. O Conselheiro Luis Champallimaud requereu que fosse interrompida a AG após votação do ponto 6. Neste sentido, foi efectuada a primeira votação deste requerimento, com resultado favorável à interrupção, tendo-se contudo verificado impossibilidades técnicas na recontagem da votação maioritária".

Foi entretanto sugerido que o Conselho Geral e de Supervisão ponderasse, em alternativa à suspensão, a convocação de uma nova AG para discussão da proposta contida no ponto 8 da ordem de trabalhos, "que se antevia particularmente demorada".

O BCP diz então que o Conselho Geral e de Supervisão decidiu, com vista "a evitar o clima de cansaço decorrente do prolongamento dos trabalhos", retirar o referido ponto, "para discussão em posterior assembleia-geral".

No comunicado, o BCP não esclarece se será o próprio Conselho Geral e de Supervisão a convocar uma nova AG para deliberar sobre as alterações estatutárias.