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BCP acarreta perdas de 46 milhões com fecho da ONI Way

O BCP deverá acarretar uma perda de 46 milhões de euros, na qualidade de segundo maior accionista da ONI Way, segundo analistas, que adiantam que o preço não reagirá a notícias até ao final do período de subscrição do aumento de capital.

04 de Dezembro de 2002 às 10:26
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O BCP deverá acarretar uma perda de 46 milhões de euros, na qualidade de segundo maior accionista da Oni Way, segundo analistas, que adiantam que o preço não reagirá a notícias do género até ao final do período de subscrição do aumento de capital e manter-se-á nos 2,50 euros.

A Electricidade de Portugal (EDP) [TLE] anunciou hoje que chegou a acordo com a Vodafone Telecel [TLE], TMN e Optimus para o encerramento da ONI Way, numa operação que ascende aos 161 milhões de euros, e que resultará numa perda líquida de 114 milhões de euros para a eléctrica nacional.

Segundo a empresa de electricidade, que detém 56% da ONI, face ao investimento total realizado na Oni Way, 340 milhões de euros se referem a financiamento com recurso a fundos próprios, tendo em conta que a descontinuação das operações pode vir ainda a obrigar um investimento adicional, por parte de todos os accionistas da ONI, de 13 milhões de euros.

Dado o valor a ser pago pelos três operadores móveis a actuar no mercado, o custo para a ONI somará cerca de 203 milhões de euros.

O Banco Comercial Português (BCP), segundo maior accionista da ONI com um peso de 22,8%, «deverá acarretar uma perda de 46 milhões de euros».

Segundo um analista de banca contactado pelo Negocios.pt, «no nosso modelo de avaliação já estavam descontadas estas perdas», ou seja, o impacto na avaliação do BCP não deverá sofrer alterações.

O mesmo avança que, até aos quatro dias que se seguem ao final do período de subscrição do aumento de capital que termina a 17 de Dezembro, e no qual é fixado o preço de conversão, «a cotação das acções do BCP deverá andar em redor da casa dos 2,50 euros».

«Um preço acima dos 2,50 euros, e dado o valor nominal de subscrição de 5 euros, o banco terá que entregar apenas um título, mas terá de despender muito dinheiro». Um preço muito abaixo desse patamar, o BCP ver-se-ia obrigado a entregar dois títulos, e desembolsar novamente dinheiro».

Findou hoje o prazo em que os accionistas do BCP poderiam comprar acções com direito a participarem directamente na emissão de valores convertíveis, um factor que estará a pressionar o papel.

As acções do BCP seguiam em queda de 0,39% para 2,58 euros, a recuperar de uma desvalorização máxima de 3,47%.

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