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Basílio Horta confirma negociações com interessados na Delphi

"Estamos a negociar com empresas portuguesas e estrangeiras para comprarem as instalações da Delphi em Ponte de Sôr e continuarem a produção", declarou esta tarde Basílio Horta, presidente da AICEP, num encontro com jornalistas, confirmando a notícia ante

04 de Abril de 2008 às 20:16
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"Estamos a negociar com empresas portuguesas e estrangeiras para comprarem as instalações da Delphi em Ponte de Sôr e continuarem a produção", declarou esta tarde Basílio Horta, presidente da AICEP, num encontro com jornalistas, confirmando a notícia antes avançada pelo Jornal de Negócios.

Para encontrar uma solução para os trabalhadores da Delphi, "estamos disponíveis para dar todos os incentivos fiscais e financeiros, que a Lei permite, às empresas que quiserem continuar a actividade em Ponte de Sôr, sendo condição que parte dos quase 500 trabalhadores seja reabsorvida".

O porta-voz do Governo para este assunto disse que "temos até ao final do ano para encontrar uma solução, já que a Delphi vai fechar a fábrica no primeiro trimestre de 2009", explicando que  "a ideia é que os novos investidores instalem ali um centro de desenvolvimento de produtos".

Basílio Horta escusou-se a confirmar os nomes, mas o Jornal de Negócios sabe que uma das empresas envolvidas neste processo é a Manuel da Conceição Graça (MCG), dentro de um agrupamento de empresas portuguesas que está a negociar com a Delphi para assumir para do negócio que a multinacional norte-americana tem em Ponte de Sôr.

Confrontada pelo JdN com este cenário, a empresa confirmou, afirmando que "no decorrer desta semana têm sido feitos encontros para debater este tema, nomeadamente, com elementos do Governo", diz Gonçalo Almeida, da MCG.

A solução pode passar por assumir a operação na fábrica de Portalegre ou por integrar parte dos trabalhadores em outras instalações.

O JdN sabe que o interesse deste consórcio, que inclui a Vangest e outros fornecedores do sector automóvel, é sobretudo na área de apoios de volantes, que representa cerca de 50% da actividade da Delphi naquela fábrica.

Segundo Basílio Horta, o problema da Delphi não é a falta de compradores dos produtos que fabrica, mas sim a situação de insolvência em que se encontra nos EUA. Ao abrigo do capitulo 11 tem de vender unidades para pagar aos credores.

O presidente da AICEP rejeitou que a Agência só agora está a actuar para encontrar uma solução para a Delphi, afirmando que "há muito tempo que estamos a trabalhar nestas soluções. Não encontrámos estes interessados de um dia para o outro"

A Delphi vai, para já, manter cerca de quatro mil postos de trabalho em Portugal, nas unidades de Braga, Seixal e Guarda.

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