O Barclays, o segundo maior banco do Reino Unido, vai aumentar capital em 7,3 mil milhões de libras (9,2 mil milhões de euros), devido à venda de acções a um grupo de investidores, incluindo o Abu Dhabi e o Qatar.

O banco britânico anunciou, em comunicado citado pela agência Bloomberg, que vai vender 5,8 mil milhões de libras (7,3 mil milhões de euros) em acções a investidores do Médio Oriente e 1,5 mil milhões de libras (1,9 mil milhões de euros) a outros accionistas.

A instituição financeira acrescentou que estas vendas vão colocar o seu rácio de capital Tier I em mais de 11% face aos 7,9% que se registavam a 30 de Junho.

Este anúncio surge depois de o “Financial Times” avançar, na sua edição de hoje, que o banco se encontrava em negociações para uma injecção de capital no valor de 6 mil milhões de libras (7,58 mil milhões de euros) de governos do Médio Oriente, incluindo o Qatar.

O jornal, que cita pessoas próximas da operação, acrescenta que as negociações tiveram lugar esta noite.

O presidente-executivo do Barclays, John Varley, está a evitar utilizar o plano de resgate do governo. A instituição financeira vai reter o seu dividendo no segundo semestre e vender empréstimos e activos detidos sobretudo pela sua unidade de banca de investimento para preservar capital.

O banco anunciou a 13 de Outubro que iria realizar um aumento de capital no valor de 6,5 mil milhões de libras (cerca de 8,27 mil milhões de euros).

Desde o início da crise financeira, em meados de Julho do ano passado, o Barclays já realizou amortizações de activos no valor 635,2 mil milhões de dólares (486,6 mil milhões de euros).

Recorde-se que, recentemente, o Barclays comprou as unidades da América do Norte do falido Lehman Brothers por 1,75 mil milhões de dólares (1,34 mil milhões de euros).

As acções do banco britânico seguiam a valorizar 9,74% para os 225,25 pence, depois de terem já subido mais de 11% na sessão de hoje.