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Antigo CEO do Barclays acusado de fraude no Reino Unido

Além do presidente executivo, também o banco e outros três responsáveis estão acusados de acordos ilegais e prestação de informação falsa envolvendo a participação de um veículo financeiro do Qatar nos aumentos de capital do Barclays em 2008.

Bruno Simão
20 de Junho de 2017 às 10:08
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O banco Barclays, um seu antigo CEO e três ex-responsáveis máximos do banco foram acusados de fraude pelas autoridades britânicas, por práticas que envolveram a ajuda do Qatar à instituição durante a crise económica e financeira internacional.


Em causa está a injecção no banco, por investidores do Qatar (a Qatar Holding LLC and Challenger Universal), de 6.100 milhões de libras (6.930 milhões de euros à cotação actual), nos aumentos de capital ocorridos em Junho e em Outubro de 2008, no valor de 12 mil milhões de libras (contas do The New York Times) feitos para evitar o recurso da instituição ao resgate público.


No mês seguinte ao investimento feito por este veículo – o fundo de investimento de Hamad bin Jassim bin Jabr al-Thani, primeiro-ministro do Qatar na altura -, o Barclays assinava um acordo de financiamento na ordem dos 2.700 milhões de euros ao Ministério da Economia e das Finanças do Qatar.


Segundo o Financial Times, as autoridades suspeitam que as comissões (mais de 300 milhões de libras) pagas pelo banco ao Qatar não tenham sido devidamente reveladas e que tenha havido um empréstimo secreto do Barclays àquele país de dinheiro que depois foi reinvestido no banco.


Movimentos que levaram o Serious Fraud Office a deduzir esta terça-feira, 20 de Junho, acusações de fraude, estabelecimento de acordos ilegais de assistência financeira e prestação de informação falsa contra o antigo presidente executivo John Varley, o autor dos contratos Roger Jenkins, além de Tom Kalaris e Richard Boath. Os acusados comparecerão a tribunal a 3 de Julho.


O Barclays confirma as investigações mas refere estar à espera que o SFO esclareça quais as acusações que pendem sobre o banco.


O advogado de Varley recusou comentar e o de Roger Jenkins negou qualquer má conduta do seu cliente.

As acções do Barclays recuam 0,12% para 206,5 pence na bolsa de Londres.

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