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Bankia vai desinvestir na sua carteira de participações industriais

O grupo BFA-Bankia, que nasceu há quase dois anos com uma sólida carteira industrial, vai desinvestir nas participações, embora isso obrigue a realizar um grande esforço em provisões, uma vez que algumas serão vendidas com prejuízos.

26 de Maio de 2012 às 15:22
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O presidente do Bankia, Jose Ignacio Goirigolzarri, atribuiu hoje a esta "notável" carteira de participações parte dos 19 mil milhões de euros que a instituição pediu ao Estado em forma de injecção de capital, durante a sua primeira conferência de imprensa após ter assumido a liderança do banco, segundo a EFE. O problema do BFA-Bankia é que tinha contabilizado as suas participações industriais a preços que não eram os actuais valores de mercado.

A necessidade de corrigir esta discrepância obrigará, segundo anunciou Goirigolzarri, a efectuar provisões de 3.900 milhões de euros, dos quais 1.900 milhões pertencem a participações do Bankia.

O presidente avançou que o seu plano para o futuro da instituição inclui "um processo de desinvestimento" das participações.

Graças às fortes previsões que foram feitas, o Bankia poderá vender sem registar perdas, e portanto, "não irão gerar mais necessidades de capital".

Nos últimos meses, o grupo BFA-Bankia efectuou algumas vendas, como a participação de 4,1 por cento que tinha em bolsa e 10,3 por cento da Mapfre América.

No entanto, o BFA e o Bankia têm importantes participações em empresas cotadas. Por exemplo, o BFA tem 5,4 por cento da Iberdrola, 20 por cento da Indra e 5,6 por cento do NH, enquanto o Bankia tem 12 por cento do IAG, 10 por cento do NH, 28 por cento da Realia ou 9 por cento da Metrovacesa, entre outros.

Na conferência de imprensa, Goirigolzarri referiu-se a outro dos problemas da instituição: os cerca de 4.700 milhões de euros que os investidores têm em participações preferenciais e que estão pendentes, à espera de uma troca, à semelhança do que aconteceu com outras entidades.

A este respeito, o presidente do grupo deixou claro que não está previsto a troca por acções, embora não tenha decidido qual será decisão final.

"Não prevemos passá-las a capital, mas quando tivermos uma solução será partilhada com todos", concluiu.

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