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Bancos de Macau vão propor aliança com bancos lusófonos aos empresários da CPLP

O vice-presidente da ABM, Sam Tou, disse à Lusa que a associação vai aproveitar a próxima reunião 'online' com a CE-CPLP, "em meados de abril", para propor a aliança.

01 de Abril de 2022 às 08:52
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A Associação de Bancos de Macau (ABM) vai propor este mês à Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) a criação de uma aliança com os bancos dos países lusófonos.

O vice-presidente da ABM, Sam Tou, disse à Lusa que a associação vai aproveitar a próxima reunião 'online' com a CE-CPLP, "em meados de abril", para propor a aliança.

A ABM é um associado benemérito da CE-CPLP desde junho de 2020 e teve um fevereiro uma reunião 'online' com a confederação, sublinhou o também diretor executivo do Banco Nacional Ultramarino (BNU), que faz parte do grupo Caixa Geral de Depósitos.

A eventual criação da aliança bancária, "através da plataforma da CE-CPLP", vai depender da resposta da direção da confederação, disse Sam Tou.

O executivo disse que a associação "tem estado a trabalhar ativamente com as suas congéneres nos países de língua portuguesa e estabeleceu uma rede muito estreita de contactos e cooperação".

Sam Tou lembrou que a ABM assinou em maio de 2019, em Macau, um acordo de cooperação com associações de bancos de Portugal, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

O acordo previa a criação de uma aliança para apoiar o lançamento na China de produtos financeiros dos países de língua portuguesa e para oferecer serviços financeiros a empresas chinesas interessadas em investir em mercados lusófonos.

A aliança poderá "promover a cooperação entre bancos nos países de língua portuguesa e em Macau, o que poderia contribuir para o papel de Macau como uma plataforma comercial e de serviços entre a China" e os mercados lusófonos", defendeu Sam Tou.

Estes são também os dois principais objetivos do Comité do Desenvolvimento dos Serviços Financeiros Sino-Portugueses, criado pela nova direção da ABM.

O comité é liderado pelo BNU, com a vice-presidência entregue à sucursal em Macau do Banco da China, que tem presença em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique.

Os membros incluem ainda o Banco Well Link, que incorporou o Novo Banco Ásia, a sucursal em Macau do Haitong Bank, o sucessor do Banco Espírito Santo Investimento, a sucursal local do banco português Millennium BCP, a sucursal do chinês ICBC em Macau e o banco local CMB Wing Lung Bank.
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