O Banco Popular, que hoje apresentou os seus resultados relativos ao exercício de 2003, está disposto a comprar entidades de média dimensão em Portugal e Espanha, a fim de fortalecer a sua presença em determinadas áreas geográficas a fim de cumprir a meta de ser uma instituição «maior, mais forte e mais rentável», segundo explicou Angel Ron, administrador delegado do grupo.

«Se nos surgir alguma oportunidade parecida com a do BNC [Banco Nacional de Crédito] ou da Iberagentes iremos aproveitá-la» afirmou Angel Ron, acrescentando que «os bancos de média dimensão parecem-nos atractivos se nos permitirem ganhar quota em alguns territórios».

Citado pela agência noticiosa EFE, Angel Ron explicou que o Banco Popular – que comprou o Banco Nacional de Crédito (BNC) ao grupo Amorim –, alterou a sua estratégia. Agora, garantiu a mesma fonte, a instituição visa crescer não só de forma orgânica, como também através da compra de outras entidades, sempre que não se ponha em causa o modelo de negócio nem a gestão.

Além disso, qualquer iniciativa desse tipo tem de ter em conta os objectivos propostos pelo grupo para o triénio 2004-2006, de superar os mil milhões de euros de lucros no final daquele último ano, mais 40% que em 2003.

O administrador delegado do Banco Popular recordou que o grupo tem actualmente cinco filiais – Banco Andalucía, Galicia, Vasconia, Crédito Balear e Castilla –, e destacou que outra integração de este tipo «é perfeitamente repetível» e «não muito complicada».

Mesmo sem novas aquisições, o Banco Popular quer ganhar um milhão de clientes particulares e 120 mil empresas no próximo triénio.

O Banco prevê assim abrir 150 sucursais na Península Ibérica, das quais 55 em Portugal, além de visar dar um «forte impulso» à área de apoio às pequenas e médias empresas (pme) e particulares.