Notícia
Banco de Portugal já notificou antigos líderes do BCP
O Banco de Portugal (BdP) já notificou os ex-presidentes executivos do Banco Comercial Português (BCP) que exerceram funções entre 2002 e 2007 para serem ouvidos no quadro das investigações em curso a actos de gestão ocorridos naquele período.
O Banco de Portugal (BdP) já notificou os ex-presidentes executivos do Banco Comercial Português (BCP) que exerceram funções entre 2002 e 2007 para serem ouvidos no quadro das investigações em curso a actos de gestão ocorridos naquele período.
De acordo com uma noticia de hoje do jornal "Público", Jorge Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto deverão prestar declarações ainda esta semana, enquanto Filipe Pinhal se deslocará à instituição liderada por Vítor Constâncio na próxima semana.
As indagações aos três ex-CEO do BCP foram antecedidas dos testemunhos de directores com responsabilidades nos vários níveis de decisão abrangidos pelas averiguações do BdP, e ainda dos depoimentos dos dois titulares das off-shore que terão sido utilizadas de forma irregular pela instituição, Frederico Moreira Rato, presidente da Reditus, e Ilídio Monteiro, empresário da construção civil (Bernardino Gomes que era também proprietário de off-shores já faleceu).
As averiguações abrangem ainda os ex-administradores Cristopher de Beck, Alípio Dias, António Rodrigues, Bastos Gomes, Francisco Lacerda e Castro Henriques, que ainda não foram chamados pelo BdP. Tal como Jardim Gonçalves, Teixeira Pinto e Pinhal, todos os seis ex-executivos foram constituídos "réus" pelo supervisor bancário. Nesta fase apenas Jardim Gonçalves, Paulo Teixeira Pinto e Filipe Pinhal receberam cartas do regulador a convocá-los para se deslocarem ao BdP ainda esta semana. Pinhal pediu para adiar para a próxima semana, dado que o seu advogado não está disponível para o acompanhar.
Todos os ex-administradores do BCP, com actividade entre 2002 e 2007, arriscam um castigo que pode ir de uma multa pesada até à inibição de actividade. Mas Vítor Constâncio, o governador do banco de Portugal, tem poderes para inibir os ex-gestores do BCP que tenham desempenhado funções em épocas anteriores, isto, se houver necessidade de o fazer.